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Monitoramento

Operações com a aeronave iniciaram em 2007

As operações com helicóptero começaram na fronteira a partir de 2007, em caráter sigiloso. Em 2009, a frequência começou a aumentar. Segundo a Receita Federal (RF), não há uma relação direta entre o uso do helicóptero e o aumento das apreensões porque o objetivo da aeronave é apoiar as ações dos fiscais em terra.

O helicóptero é bimotor e usa uma câmara chamada Flir.

Há um operador só para fazer imagens. A câmara permite observar um veículo a mais de cinco quilômetros de distância.

No Paraná, o helicóptero circula principalmente entre Foz do Iguaçu e Guaíra, e nas regiões de Umuarama e Londrina. Além da Receita, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também utiliza helicópteros para patrulhamento na fronteira.

Patrulhas aéreas tornaram-se uma estratégia de peso no combate ao contrabando na fronteira. Periodicamente, fiscais da Receita Federal (RF) utilizam um helicóptero e conseguem desmontar o esquema diário de remessas ilegais de mercadorias que saem do Paraguai com destino ao Brasil. Na região onde o efetivo reduzido de fiscais e policiais é sintomático, o helicóptero tornou-se um aliado. Em 2013, a Delegacia da RF apreendeu em Foz do Iguaçu o equivalente a US$ 119,6 milhões em mercadorias, valor quase 13% maior do registrado em 2012.

Apesar de fazer diferença, a aeronave não decola em caráter contínuo na fronteira. O helicóptero é direcionado a Foz do Iguaçu quando há operações especiais ou alguma demanda específica. A frequência varia de acordo com a necessidade porque a Receita dispõe de apenas dois helicópteros para serem usados em todo o país.

Por estar em uma tríplice fronteira e ser considerada um ponto crítico de contrabando, Foz do Iguaçu é uma das cidades brasileiras que mais usam o helicóptero, segundo o auditor-fiscal chefe da Divisão de Operações Aéreas, José Ricardo Gonçalves Gomes. Uma das principais atribuições da equipe que está à frente da aeronave é fazer rondas e, a partir da movimentação registrada, avisar fiscais para fazer abordagens em terra.

Por outro lado, quem está nas estradas e rodovias também pode acionar o helicóptero para localizar veículos que eventualmente driblam a fiscalização. "Tentamos agir sempre buscando os efeitos da surpresa. Variam os horários e formas", diz Gomes.

Com o helicóptero, os fiscais já conseguiram mapear rotas do contrabando no Rio Grande do Sul, interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Um dos objetivos é identificar estradas vicinais usadas para desviar de postos de fiscalização situados em rodovias.

Rotas

Na região de Foz do Iguaçu, foram identificadas estradas vicinais na área do Parque Nacional do Iguaçu e no município de Céu Azul. Uma delas é a Estrada Velha de Guarapuava. Em algumas rotas, carros em fuga atingem a velocidade de 150 quilômetros por hora.

No início das operações, os fiscais fizeram um monitoramento noturno na região da barranca do Rio Paraná, em Foz do Iguaçu, tomada por portos clandestinos. Durante o trabalho, eles puderam observam toda a movimentação às margens do rio. Barcos saem do Paraguai, mercadorias são descarregadas e colocadas em veículos para serem levadas em depósitos ou seguirem viagem.

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