O Governo da Paraíba afastou o diretor do Presídio do Róger, em João Pessoa, Dinamérico Cardim, e mandou abrir uma sindicância para investigar as cenas de tortura praticadas supostamente por agentes penitenciários contra o presidiário José Carlos dos Santos, no interior de uma cela. As cenas de tortura foram gravadas de um aparelho celular - por alguém que estava no local da prisão - e postadas na Internet. As cenas são chocantes e mostram Santos sendo espancado na cabeça e chutado pelos supostos agentes penitenciários.
Santos é acusado de ter matado cinco pessoas da mesma família, na madrugada de quinta-feira, na capital paraibana, a golpes de facão, em crime que teria sido motivado por uma briga de vizinhos. Pai, mãe e três filhos tiveram cabeças degoladas e braços e mãos decepadas a golpes de facão. A mãe estava no quarto mês de uma gravidez de gêmeos. A chacina chocou a sociedade paraibana. Outros dois filhos do casal escaparam. Um deles não morreu porque se escondeu debaixo de uma cama e viu a família ser atacada. O outro foi ferido, mas não corre risco de morte. Depois de matar toda a família, Santos foi para casa dormir. Os gritos acordaram os vizinhos, que chamaram a polícia. Ele foi preso em flagrante.
A secretária de comunicação do Governo da Paraíba, Lena Guimarães, disse que a ordem do governador José Maranhão é apurar as responsabilidades pelas torturas e punir os acusados. "Apesar da tragédia que foi a chacina, o Estado é responsável pela integridade física do autor. Por isso, o governador mandou investigar e punir os acusados", disse a secretária.
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