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Radares da Linha Verde fiscalizam apenas conversão proibida e avanço de sinal | Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo
Radares da Linha Verde fiscalizam apenas conversão proibida e avanço de sinal| Foto: Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

O funcionamento dos radares poderia diminuir o risco de acidentes com pedestres na Linha Verde, que hoje é alto. Em 2010, os atropelamentos representaram 3,5% do total de ocorrências no trecho entre os quilômetros 129 e 142 da antiga BR-476, entre o Jardim Botânico e o Pinheirinho. Porém, corresponderam a 50% do total de óbitos. O problema se encontra na altura dos quilômetros 140 e 141, que registraram quatro das cinco mortes no ano passado. Para amenizar o risco, um semáforo foi instalado há oito meses no local e uma passarela está em obras. Desde 2008, foram 15 mortes na Linha Verde.

A tendência de violência no local não é recente. Ela acontece desde antes do início das obras da Linha Verde. Em 2006, dos 20 atropelamentos registrados no trecho, 11 ocorreram a partir do quilômetro 140. Em 2008, 19 das 29 ocorrências aconteceram no local. A explicação é simples: "A quantidade de pessoas que atravessa é muito grande. E se trata de uma via de trânsito rápido, com velocidade de até 70 quilômetros por hora, tornando a frenagem difícil", explica o inspetor e chefe de comunicação social da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fabiano Moreno.

Semáforos

Diretora de Trânsito da Urbs (Diretran), Rosângela Bat­tistella diz que os atropelamentos não acontecem por falta de semáforos, pois a Linha Verde tem um a cada mil metros. Segundo ela, é o comportamento dos pedestres que explica essa situação: "Não justificaria instalar mais semáforos. E nem sempre as pessoas atravessam pelo ponto mais seguro. In­­felizmente é assim". Rosângela afirma que, caso a Diretran constate a necessidade de novas passarelas ou passagens subterrâneas para pe­­destres, vai informar ao Ins­tituto de Pesquisa e Pla­­ne­­jamento Urbano de Curitiba (Ippuc) para fazer o planejamento.

De acordo com Moreno, a Linha Verde é um reflexo do que acontece em rodovias que cruzam grandes cidades. "Falta estrutura para os pedestres. E, quando se constrói o que é adequado, o pedestre não tem consciência para usar", diz. Ele cita o exemplo da BR-277, na saída para o litoral do Paraná, onde somente a instalação de telas entre as pistas conteve a travessia de transeuntes, apesar da construção de passarelas.

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