Natureza
Visitantes de lagoa buscam sossego
Mesmo com as discussões, os visitantes frequentam a região em busca de contato com a natureza e sossego. Alguns moradores a chamam de Lagoa Azul, outros preferem Lagoa Verde. A pedreira fica no distrito de Bateias, em Campo Magro. O local sempre recebe visitantes, principalmente nos fins de semana e feriados.
Fábio Wolf, aproveitou para levar os amigos Rafael Eduardo da Silva, 28, e Diego Fausto, 29, para conhecer o local. O tio dele é proprietário de uma chácara nas proximidades e o levou para ver a Lagoa Azul quando o tecnólogo ainda era criança.
A cada visita, turistas e curiosos espalham boca a boca onde fica a atração. Foi assim que a fotógrafa Sandra Machado, 43 anos, conheceu a pedreira. Ela mora em Curitiba, já visitou a lagoa em três oportunidades e diz que gosta de conhecer locais que sejam diferentes do convencional. "Principalmente aqueles de difícil acesso", afirma.
Uma pedreira inutilizada na zona rural de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, tornou-se um atrativo turístico bastante procurado pelos moradores das cidades próximas. Por causa da explosão de dinamites para a retirada das pedras, o solo foi perfurado e chegou até o lençol freático, que inundou uma cratera, transformando-a em um lago. Apesar da beleza, o local provoca discussões no município. A pedreira pertence a uma empresa privada, o que impede o poder público de investir em infraestrutura e segurança. A empresa também não incentiva a visitação.
Desativada há cerca de uma década, a pedreira pertence à Indústria de Cal Bateias. Desde a retirada das máquinas, os visitantes foram em peso para conhecer o local. Os problemas, entretanto, começam pelo acesso ao local. Chegar até lá é difícil por causa da falta de sinalização. As estradas não têm pavimentação ou placas. O tecnólogo em Gastronomia Fábio Wolf, 21 anos, revela que é arriscado visitar o local sozinho e em dias de chuva. "É um lugar muito isolado. Em dias de chuva o carro pode atolar e estragar", alerta.
Perigo
A empresa proprietária da pedreira tenta, em vão, barrar a entrada de visitantes. "As pessoas às vezes bebem demais e se jogam no lago, que é muito fundo", comenta João Antônio Lemos, contador da empresa. No local não há postos de guarda-vidas.
O Departamento de Turismo de Campo Magro informou que, por causa da visibilidade que o lago conquistou, o município já teve interesse em adquirir a pedreira para torná-la, oficialmente, um ponto turístico da cidade. A aquisição, porém, esbarra na falta de verbas do município.
A Indústria de Cal Bateias afirma que a intenção é retomar os trabalhos no local. A volta das máquinas e de dinamites depende, entretanto, do aval do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Mineropar.
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