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Pela primeira vez em 33 anos, o calçadão da Rua XV, no centro de Curitiba, recebeu um tratamento de limpeza. Embora os petit-pavés que formam os mosaicos no chão continuassem encardidos, quem andou pela Rua das Flores, na manhã de ontem, percebeu a diferença. "Mesmo não passando sempre por aqui dá para notar a limpeza", relata a instrutora de trânsito Maria Inês de Paula.

Os 17 mil m2 do calçadão foram divididos em 12 lotes entre as empresas que participaram do projeto. A limpeza tinha de ser feita entre 6 e 9 horas, para não atrapalhar o movimento. Por volta das 4 da manhã, os operários já estavam no local para montagem dos equipamentos. Mas a faxina mesmo demorou a começar em alguns trechos por falta de água e luz. Hidrantes e tomadas foram liberados com atraso pela Copel, alguns funcionários improvisaram e usaram a água da fonte da Praça Osório.

"O ideal, para que o calçadão fique bem limpo, é que sejam realizados mais dois trabalhos. Já estamos programando isso para o próximo ano", afirma coordenador do projeto Centro Vivo, Jorge Biancamano.

O projeto Mais Brilho ao Calçadão faz parte das ações dos governos municipal e estadual, em parceria com entidades empresariais, para revitalizar a região central da capital. A faxina na XV incluiu nova pintura dos postes e restauração de bancos, floreiras e cabines telefônicas. "Queremos conscientizar a população de manter a cidade limpa. Além disso, uma reivindicação de todos é colocar mais policiais na rua", considera o presidente da Associação Comercial do Paraná, Cláudio Slaviero. "Essa é uma iniciativa deveria ser repetida mais vezes", avalia o Odilon Guimarães, freqüentador da Boca Maldita desde 1952.

Para os comerciantes da Rua das Flores, só a limpeza não é o suficiente. "Acho uma vergonha esperarem tanto tempo para limparem. Agora, é preciso manter e verificar a rede de esgoto da rua porque não se agüenta o cheiro da fossa", conta Maria do Rocio, há 20 anos no local. Outra lojista considerou que é preciso recolocar tampas nos postes de luz e arrumar o relógio da rua, que não funciona há três anos.

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