O Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) decidiram rejeitar, mais uma vez, a proposta de aumento apresentada pelo governo federal aos professores universitários. As entidades orientaram as bases a não aceitar a segunda oferta do Ministério do Planejamento, que prevê reajustes entre 25% e 40% para a categoria. Até a próxima segunda-feira, assembleias estaduais darão uma resposta para a proposta. Ontem, segundo o Andes, a Universidade Federal de Pelotas e a Universidade Rural do Rio de Janeiro já votaram contra o fim da greve.
Já a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa apenas sete instituições, adotou postura contrária e recomendou a aprovação do reajuste. Além do aumento salarial o impacto total da oferta subiu de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,18 bilhões , o governo sugeriu retirar do texto alguns critérios para progressão na carreira. Esses itens seriam discutidos em grupo de trabalho, composto por reitores e representantes das entidades.
O coordenador-geral do Sinasefe, Gutenberg de Almeida, afirma que pouco mais da metade dos professores dos institutos são graduados ou especialistas, e portanto não seriam beneficiados pelos maiores reajustes, concedidos aos docentes com maior titulação. Além disso, diz ser "impensável" assinar uma proposta que não prevê reajuste para os técnicos administrativos das instituições, também em greve.
Em nota, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou o "grande esforço" do governo com a proposta e fez um apelo pelo fim da paralisação, que já dura mais de dois meses. "Acho que está na hora de os professores voltarem às salas de aula e retomarem a rotina acadêmica".
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