O segundo projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de Curitiba proíbe o uso de películas de plástico para embalar os galões de água mineral retornável de 10 e 20 litros. A proposta foi apresentada pelo vereador Ney Leprevost (PP) e segue uma tendência da legislação aprovada em São Paulo e no Rio de Janeiro há cerca de um ano e meio. Segundo estudo feito pela própria indústria, a água que vaza no momento da embalagem fica retida entre o plástico e o galão, criando um ambiente favorável ao surgimento de bactérias.
Um parecer da Associação Nacional da Indústria de Águas Minerais (Abinam) relatou pelo menos 15 casos de contaminação de bebedouros e suportes de água por bactérias e fungos, provocados pela película plástica, entre maio e dezembro de 2003 no estado de São Paulo. A punição prevista em Curitiba varia de simples advertência e multa até a suspensão provisória e definitiva do alvará.
Apesar de bem vinda, na prática, a lei é mera formalidade. Depois do parecer da Abinam, a indústria de água de Curitiba e região praticamente aboliu o plástico. Mesmo assim, os fabricantes consideram importante a adequação da legislação. "A lei só vem reforçar aquilo que já seguimos", opina o gerente da Águas do Paraná, João Antônio Pacheco, que comercializa a marca AB,
Na Ouro Fino, o descarte da película levou ao lançamento de um sistema exclusivo no Brasil que evita o contato da água com agentes externos. Para colocar o garrafão no bebedouro não é preciso mais retirar a tampa. Basta retirar o lacre que um adaptador no suporte permitirá que a água abasteça o filtro.
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