O governo do Mato Grosso já solicitou a transferência de 24 presos para a Penitenciária Federal de Catanduvas, na região Oeste do Paraná. Segundo a Agência Estado, a lista é encabeçada pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro, conhecido por Comendador Arcanjo, um dos supostos chefões do crime organizado no país. O Espírito Santo é outro estado que pretende mandar seus presos problemáticos para Catanduvas.
A imprensa capixaba noticiou nos últimos dias que o governo já solicitou a transferência para Catanduvas dos seus cinco criminosos mais perigosos, pelos quais se levantou a última rebelião no Espírito Santo, após eles serem tirados do sistema penitenciário e levados para a carceragem da Polícia Federal. No momento, o grupo está em Minas Gerais.
Segundo o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Maurício Kuehne, as transferências do Mato Grosso ainda estão em análise no juízo de execuções penais do estado. "Não recebemos os nomes, apenas sabemos o número", disse. Ele explicou que, tão logo a Justiça do Mato Grosso aceite o pedido, ele será encaminhado à 1.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, no Paraná, a quem cabe a palavra final. A Justiça Federal informou que até o momento não recebeu nenhum pedido, mas também não divulgará os que vierem a ser recebidos para evitar rebeliões ou protestos. Kuehne ainda disse ter tomado conhecimento apenas informalmente do interesse do Espírito Santo em enviar presos a Catanduvas. Até ontem, o Depen não tinha recebido nenhum ofício sobre o assunto.
Atentados
Segundo a Agência Estado, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teria planos de promover atentados em Curitiba e Foz do Iguaçu nos próximos dias. O fato teria sido descoberto pela Secretaria de Estado de Segurança Pública de São Paulo durante investigações que abortaram atentados contra agentes penitenciários. A agência informou ainda que a polícia gravou ligações telefônicas de um preso da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, que discutia as ações com seus comparsas. O coronel Honório Bortolini, coordenador do Departamento Penitenciário Estadual, não confirmou as informações.
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