Pensando a história da música

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Diria o cantor Lenine: o passado da música é o CD, o presente é o pen drive e o futuro é o disco de vinil. Errado? Não. O que ele quis dizer é que os antigos LPs (long-plays) são um registro perene da história. Eles não se desfazem com o tempo (como os arquivos digitais) e, por isso, serão, daqui a alguns anos, a memória mais viva do que foi a música no Brasil e no mundo. O historiador Otavio Zucom lembra dessa frase de Lenine para dizer que, sem os discos, não teríamos história. "O MP3 democratizou a música, mas acabou com a memória", diz.

Certamente as novas gerações não conhecem os discos de 78 rotações, mas já ouviram falar das bolachas pretas que tinham apenas uma faixa de música de cada lado: a capacidade de cada face era de até cinco minutos de gravação. Depois da Segunda Guerra Mundial, vieram os LPs de 33 rotações por minuto, que permitiram um conjunto maior de músicas no mesmo disco.

A história dessa transformação poderá ser e discutida hoje, das 10h30 às 12h30, no Museu de História de Campo Largo, onde Zuncom e mais dois colecionadores de discos (Fabiano Sazion e Juliano Pianaro) vão falar a respeito de algumas canções e capas de vinil que marcaram época. No local, também é possível conhecer a exposição Uma história da música até chegar aos nossos ouvidos. Além de aparelhos de rádio antigos, o visitante poderá conhecer e entender a importância das capas de discos, que eram pura arte e ainda serviam para divulgar o próprio disco. Algumas raridades estarão em exposição, como capas produzidas na Grécia, Rússia, Índia e México. O acervo conta com 70 capas e 200 discos de 78 rotações que poderão ser ouvidos no local. A exposição começou na terça-feira e fica aberta até 26 de novembro. Funciona de terça a domingo (inclusive feriados), das 8 às 17 horas. Endereço: Praça Getúlio Vargas, 2422 - Centro – Campo Largo. (PM)