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São Paulo – A Aeronáutica decidiu ontem enviar aos Estados Unidos o gravador de voz – chamado CVR (Cockpit Voice Recorder) – do Learjet que caiu domingo na Casa Verde, na zona norte de São Paulo. O acidente causou a morte dos dois ocupantes do avião – piloto e co-piloto – e de seis pessoas da mesma família que estavam na casa atingida pelo jato.

O equipamento será analisado pelo NTSB (National Transportation Safety Board, agência que investiga acidentes da aviação civil nos EUA). Ainda não há confirmação sobre a data para divulgação do conteúdo da gravação.

A aeronave caiu minutos após decolar do Campo de Marte. Horas depois do acidente, o coronel Carlos Minelli de Sá, do Serviço Regional de Proteção ao Vôo (SRPV), órgão ligado à Aeronáutica, afirmou que, após a decolagem, o Learjet girou à direita, enquanto a trajetória prevista era virar à esquerda. Controladores da torre de comando do aeroporto teriam tentado alertar piloto e co-piloto, mas não receberam resposta.

A hipótese mais aceita por especialistas para o acidente é de falha mecânica. Na terça-feira, o perito do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil de São Paulo Antônio Nogueira afirmou que a hipótese de que uma falha do piloto ou do co-piloto tenha causado a queda do avião é "das mais remotas". "Mas é uma possibilidade."

Morreram o piloto Paulo Roberto Montezuma Firmino, 39 anos; e o co-piloto, Alberto Soares Junior, 25 anos, além de seis moradores da casa de número 118 da rua Bernardino de Sena – Lina Oliveira Fernandes, 75anos; seu filho Aires Fernandes, 54; a mulher dele, Rosa Lima, 54; a filha mais velha do casal, Ana Maria Lima Fernandes, 21; o marido dela, Lucas de Souza Só Júnior, 20; e o filho do casal, Luan Victor de Lima Só, de dez meses.

Além da casa destruída pelo avião, outros três imóveis foram interditados após o acidente. Segundo a Defesa Civil do município, uma das casas deverá ser demolida. Não há, no entanto, data para os trabalhos.

A guarda da adolescente Cláudia de Lima Fernandes, 16 anos, sobrevivente do acidente deve ficar provisoriamente com a tia Valdislene de Matos, 38 anos, irmã de Rosa, uma das oito vítimas e mãe de Cláudia.

A informação foi dada por Valdislene e seus advogados. Segundo eles, a tia, por ter emprego e casa própria, teria boas condições de assumir a guarda.

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