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A expectativa de que houvesse um acordo para a reabertura da Pedreira Paulo Leminski foi frustrada ontem. Em audiência de conciliação realizada na 4.ª Vara da Fazenda Pública, em Curitiba, o juiz Douglas Marcel Peres pediu uma perícia técnica para avaliar se o lugar pode ou não receber eventos, e em que condições eles po­­dem ocorrer. Com isso, o local per­manecerá vetado para shows por pelo menos mais seis meses, e apenas eventos de natureza religiosa como a Paixão de Cristo poderão ser realizados nesse intervalo.

A audiência reuniu representantes da Associação de Morado­res e Amigos do Abranches (Ama­da), do movimento "A Pedreira é Nossa", da Fundação Cultural de Curitiba, produtores culturais, o promotor do Ministério Público Sérgio Luiz Cordoni, o procurador do município Ítalo Tanaka Júnior e os vereadores Jonny Stica, Paulo Frote e Júlio Sobote, o "Julião da Caveira".

O local está fechado desde agosto de 2008, depois que 134 moradores da região do Abranches denunciaram ao MP o barulho dos shows durante a madrugada. De acordo com Cordoni, a perícia é necessária para, entre outras coisas, determinar qual a capacidade de público do local, como deve ser feita a segurança do espectador, qual o volume do show para não prejudicar o meio ambiente ou incomodar os vizinhos, como deve ser administrado o trânsito e o estacionamento no entorno da pedreira.

A solução frustrou os produtores que aguardavam o fim da audiência do lado de fora. "Para realizar um show precisamos de uma série de documentos e autorizações que atendem a todos os requisitos exigidos pelos órgãos públicos competentes e que estão sendo questionados através da perícia", colocou o produtor Mac Lovio Solek, que conseguiu garantir o último show na pedreira, em agosto de 2008, por meio de uma liminar. Com um acordo discutido entre as partes, em junho do ano passado, a expectativa era de que houvesse um consenso para a reabertura do espaço na reunião de ontem. O documento, incorporado à ação do MP, definia questões como os horários dos shows e multa em caso de descumprimento. Mas, para o promotor do MP, o acordo não era suficiente, até mesmo porque a Amada não concordou em assiná-lo. Desde a interdição, para que um evento possa ser realizado no local é preciso autorização judicial e essa situação não mudou ontem.

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