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A Justiça de Jacarezinho, no Norte Pioneiro do estado, confirmou que dois professores do Departamento de Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM) farão uma perícia em milhares de tambores e galões que contêm lixo tóxico industrial, armazenados no centro da cidade. As autoridades municipais temem que o material possa representar risco à saúde da população ou ao meio ambiente.

O local está interditado há quase dois anos, depois que a imprensa denunciou o caso. A Resicor Tintas e Solventes, dona dos recipientes, instalou o depósito na cidade, mas burlou a fiscalização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), criando outras duas empresas para conseguir licença ambiental para operar.

A omissão do órgão ambiental na fiscalização das atividades das empresas acabou custando ao IAP a inclusão como réu no processo que tramita na Comarca de Jacarezinho.

A Resicor tinha apenas a autorização para processar borra de tinta, mas começou a trazer de São Paulo resíduos industriais tóxicos, armazenando tambores e galões em pleno centro da cidade. Depois, a empresa abandonou os galões, que começaram a explodir com a ação do tempo.

Segundo o promotor Paulo Galotti Bonavides, responsável pelo pedido de interdição do depósito, a coleta deve ser feita nos próximos dias. "Precisamos resolver este problema o mais rápido possível para afastarmos os riscos ambientais", afirmou.

Se for confirmado que os tambores armazenam material com risco de explosão ou contaminação, os donos da Resicor vão pagar multa e responder processo por crime ambiental. A reportagem tentou um contato com o IAP, mas não obteve sucesso. (MM)

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