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Por causa do período da piracema (reprodução dos peixes), a pesca está proibida no Rio Paraná, assim como em outros rios do estado, até o final de fevereiro. Neste período, os pescadores sobrevivem com o seguro-desemprego. O problema será quando a pesca for reaberta, em março. O presidente da Colônia dos Pescadores de Guaíra, José Cirineu Machado, diz que a categoria está preocupada porque de cada 100 peixes fisgados no Rio Paraná, pelos pescadores profissionais, 99 são da espécie armado. "É o carro-chefe do pescador", afirma.

Cirineu diz que o impacto já é certo porque muitas matrizes, que poderiam estar se reproduzindo agora, acabaram morrendo nos últimos meses. O outro peixe que era o ganha-pão em Guaíra é o cascudo, espécie que, segundo Cirineu, quase foi extinta na região após a explosão de rochas para a construção do canal de navegação no Rio Paraná em 1997 e 98. Até hoje os pescadores brigam na Justiça por indenizações por causa da redução do estoque pesqueiro na região. "O cascudo que restou tem a carne branca e gelatinosa e ninguém quer comprar", afirma. Por isso, se a pesca do armado for proibida, Cirineu prevê um grave problema social para as 356 famílias de pescadores de Guaíra e para as dezenas de outras espalhadas pelas margens do rio Paraná.

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