• Carregando...

Ribeirão Preto (SP) – Uma pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, constatou que antibióticos são resíduos químicos detectados com bastante freqüência no leite cru. Em 210 amostras coletadas em quatro estados, foi identificada a presença de substâncias desse tipo de medicamento em 11,4% – o levantamento foi feito na região de Pelotas (RS), Londrina (PR), Botucatu (SP) e Viçosa (MG).

De acordo com a pesquisa, a presença de resíduos de antibióticos em leite pode causar vários efeitos, como choque anafilático em indivíduos alérgicos a essas substâncias, além do desequilíbrio da flora intestinal. O estudo mostra que essas substâncias continuam no leite mesmo após o processo de beneficiamento, inclusive de produtos derivados.

Reprovação

Entre as regiões estudadas, a que apresentou maior reprovação foi Londrina, com 20,6% do total. Em seguida vêm Viçosa, com 8,5%, Botucatu (8%) e Pelotas (6%). A coleta foi feita em 2004.

O coordenador da pesquisa, Luís Augusto Nero, professor da UFV e especialista em inspeção de produtos de origem animal, disse que o antibiótico no leite revela um uso indevido do medicamento.

O Ministério Público Estadual de Uberaba (MG) abriu processo administrativo para investigar irregularidades encontradas em embalagens de leite longa-vida integral das marcas Parmalat e Calu, que foram recolhidas junto com as das cooperativas mineiras Casmil e Copervale.

A apuração teve início há quatro meses, após a Promotoria receber denúncias sobre a qualidade do leite, o que resultou na prisão de 27 suspeitos durante a Operação Ouro Branco, realizada segunda-feira pela Polícia Federal em Minas.

Com o resultado das amostras da Parmalat e da Calu, as marcas serão notificadas a se manifestar sobre o resultado dos exames.

O leite da Centenário já saiu dos supermercados. Desde o início da operação, foi retirado 1,2 milhão de litros de circulação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]