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Em junho será lançada uma pesquisa científica inédita para descobrir qual é a realidade dos mais de 40 mil idosos que vivem nas cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), Puerto Iguazú (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai). De­­senvolvido pelo Grupo de Trabalho da Itaipu Saúde (GT- Itaipu Saúde) – entidade formada por gestores e profissionais da tríplice fronteira –, o levantamento será desenvolvido ao longo dos próximos 14 meses. Mais de 4 mil pes­­soas acima dos 60 anos serão ouvidas.

O questionário será composto por 25 questões, abordando desde doenças comuns da idade avançada, como artrite e artrose, até o atendimento oferecido pelos hospitais e postos de saúde localizados nas cidades fronteiriças. Infor­­ma­­ções pessoais, como moradia, renda e alimentação, também serão levantadas.

Para a realização do trabalho de campo, 60 agentes de saúde, 20 de cada país, foram treinados. Após a compilação dos dados, as informações serão compartilhadas pelos três países. Mais de R$ 15 mil serão investidos no projeto.

De acordo com o coordenador do GT-Itaipu Saúde, Joel de Lima, o principal objetivo do estudo é apurar a condição de vida e de saúde desses idosos. "Não sabemos onde eles vivem, como eles vivem, a si­­tuação de saúde deles. E essa pesquisa científica e inédita vai revelar tudo isso", afirma.

Na opinião do coordenador, quando a pesquisa terminar, ela servirá de base para o desenvolvimento de ações e projetos para a terceira idade. "É isso que desejamos. Hoje os gestores públicos não detêm informações que possam auxiliar no desenvolvimento de projetos para a terceira idade. Com os dados em mãos, os gestores terão mais embasamento e poderão focar em ações que atendam as demandas apontadas pela pesquisa", explica.

Para o cardiologista Ger­­man Pignolo, integrante da Comissão de Saúde do Idoso, além do auxílio ao gestor público, essa pesquisa vai ampliar o debate sobre o papel do idoso na sociedade. "O idoso cumpre um papel fundamental dentro da sociedade atual. Precisamos ouvi-lo, descobrir quais são suas limitações, os seus anseios", diz.

Segundo Pignolo, essa pesquisa é apenas um projeto-piloto. "A intenção é expandirmos essa pesquisa para os estados do Paraná (Brasil), Misiones (Argen­tina) e Alto Paraná (Paraguai)", anuncia.

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