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Um grupo de cientistas chineses revelou nesta quinta-feira a existência de quatro novos genótipos do vírus H5N1 da gripe aviária. A descoberta foi feita após a análise dos excrementos de 38 pardais infectados, na província central de Hubei, informou a agência oficial de notícias "Xinhua".

A pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Virologia de Wuhan começou em 2004, depois que foi detectado um foco da doença na região. A equipe de cientistas, liderada por Li Tianxian, examinou cerca de 25 amostras de fezes dos animais e encontrou cinco variedades do vírus da gripe aviária, entre eles, quatro novos genótipos do H5N1.

- Algumas amostras deram um resultado positivo para vírus H5N1 - disse Li Tianxian.

As autoridades chinesas afirmavam até então que a gripe aviária havia sido transmitida ao país durante a passagem das aves migratórias. A descoberta recém-publicada, no entanto, sugere que aves não migratórias, como os pardais, também podem ser uma via potencial de transmissão.

A pesquisa realizada por Li foi publicada em dezembro de 2005 na revista americana "Journal of Virology", mas até hoje não havia sido divulgada pela imprensa chinesa, concretamente ao jornal "Chuntian Metropolitan News".

- Não há nenhum motivo para que o pânico aumente. As descobertas aconteceram há dois anos e não há nenhum indício de que os pardais representem um risco - afirmou Li.

O cientista acrescentou que outros especialistas detectaram o vírus da gripe aviária também em pardais, em Hong Kong, em 2002, assim como na Turquia e na África do Sul. No ano passado, um grupo de cientistas revelou em uma publicação estrangeira a descoberta do vírus H5N1 em porcos, em 2003.

Segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), desde o reaparecimento da doença em 2003, 256 pessoas foram infectadas com a gripe aviária em dez países (Azerbaidjão, Camboja, China, Djibuti, Egito, Indonésia, Iraque, Tailândia, Turquia e Vietnã), das quais 151 morreram.

A OMS teme que o vírus sofra uma mutação que possa causar uma pandemia mundial, embora diversos cientistas rejeitem esta possibilidade, por considerar que não há base científica.

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