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Brasília – Em depoimento à Polícia Federal, o professor universitário Jorge Lorenzetti disse que o dossiê contra candidatos tucanos obtido com a família Vedoin no dia 14 seria entregue a Hamilton Lacerda, então coordenador-geral da campanha de Aloízio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo.

Para chegar à documentação, emissários do PT estiveram três vezes em Cuiabá (MT), com passagens pagas pelo caixa da campanha presidencial.

Questionado várias vezes sobre a origem do R$ 1,7 milhão utilizado para comprar a documentação dos Vedoin, Lorenzetti repetiu que "não tem a menor idéia" de quem patrocinou a negociação. O petista, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também procurou isentar Ricardo Berzoini, destituído do comando da campanha de reeleição após ter seu nome envolvido no episódio.

Segundo Lorenzetti, "Berzoini não sabia da existência das provas, e só soube das mesmas pela imprensa após a prisão de Gedimar e Valdebran". Eles foram detidos pela PF no dia 15, no hotel Ibis Congonhas, em São Paulo, com o R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar o dossiê dos Vedoin. Valdebran é o emissário que foi a São Paulo para receber o dinheiro e entregar um lote de documentos a Gedimar, o representante do PT.

Ex-diretor do BB

O ex-diretor de gestão e risco do Banco do Brasil Expedito Veloso, outro que prestou depoimento à PF, confirmou que foi a Cuiabá (MT) analisar o conteúdo do suposto dossiê contra candidatos tucanos que seria comprado por membros do PT.

Veloso disse que foi "cumprir uma função técnica" para analisar documentos do suposto dossiê que comprovariam depósito da Planam, empresa de Darci e Luiz Antônio Vedoin, apontados como líderes da máfia dos sanguessugas, nas contas de Abel Pereira – assessor do ex-ministro da Saúde Barjas Negri, do PSDB. A PF também ouviu ontem o petista Osvaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho.

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