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Palmas, Brasília e São Paulo – Em mais um lance da Operação Facção Toupeira, a Polícia Federal apreendeu sábado à noite numa fazenda em Pium (TO), a 135 km de Palmas, R$ 196,6 mil que podem fazer parte dos R$ 164 milhões furtados da sede do Banco Central de Fortaleza há mais de um ano. Foi mais uma ação decorrente da megaoperação que desarticulou na sexta-feira uma quadrilha ligada à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e que escavava um túnel para roubar duas agências bancárias em Porto Alegre.

Desde sexta-feira, ao menos 44 pessoas foram presas pelos agentes, mas a PF faz buscas em diversos estados, inclusive São Paulo, atrás de outras 15 que seriam ligadas ao PCC e à quadrilha de roubo a bancos. A Polícia Federal já havia localizado sábado à tarde R$ 450 mil em uma casa em Peruíbe, litoral sul de São Paulo, que era usada por um dos presos no dia anterior, irmão de Lucivaldo Laurindo, apontado como um dos líderes do assalto ao BC.

Na propriedade de Tocantins onde estava o dinheiro, chamada de Boa Sorte, também foi preso Francisco do Nascimento Barbosa, o "Chicão’’.

Segundo a PF, a fazenda pertence a Raimundo Laurindo Barbosa Neto, preso na sexta em Parnaíba (PI) e que, conforme a polícia, confessou em depoimento ter ficado com R$ 4,8 milhões do assalto ao BC. O dinheiro encontrado na fazenda estava escondido embaixo do piso da sala principal. Na busca, os policiais também encontraram um rifle calibre 22, normalmente utilizado na caça de pequenos animais. O caseiro, sua mulher e mais três pessoas foram também detidos no local, mas acabaram liberados depois de depor à polícia.

Em Maceió, a PF divulgou mais informações sobre um túnel encontrado na sexta-feira, cavado a partir de uma casa no bairro do Farol. O imóvel pertence à família de Maria do Socorro, delegada da Polícia Civil alagoana. Ela afirmou que a casa foi alugada pela sua mãe. A PF chegou ao grupo após investigar um cartão de telefone pré-pago encontrado no túnel usado no furto de Fortaleza.

O coordenador de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Getúlio Bezerra, disse que apesar das prisões a operação não está no fim, pois há documentos e interrogatórios que precisam ser feitos. A análise do material e os interrogatórios, segundo o coordenador, ainda vão demandar alguns dias.

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