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Rio (AE) – A Polícia Federal encontrou provas de envio e recebimento de imagens pornográficas envolvendo crianças no computador do jovem de 17 anos que morreu terça-feira, enquanto agentes federais cumpriam mandado de busca e apreensão em sua casa. Ele caiu da janela de seu quarto, no sexto andar de um edifício no bairro Maracanã, na zona norte do Rio. Ação policial integrava a Operação Azahar, de combate à pedofilia pela internet.

"Abrimos as imagens e há a materialidade do crime. São cenas pesadas e explicam a atitude do rapaz", disse o delegado Joe Tadashi Montenegro, da Delegacia Institucional (Delinst) da PF no Rio. No início da manhã de terça-feira os agentes da PF chegaram ao edifício da Rua Visconde de Itamaraty para cumprir um dos dez mandados de busca para o Rio expedidos pela Justiça Federal. Eles estavam há cerca de 20 minutos com a família quando o rapaz se fechou num dos quartos. Quando a mãe abriu a porta a pedido dos agentes, o rapaz já não estava lá.

O corpo do jovem foi enterrado no fim da manhã de ontem no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio. Apenas dez pessoas velavam o corpo na capela Santa Isabel no momento da saída do cortejo. Os pais, a única irmã dele e os poucos parentes acompanharam a pé a Kombi que levou o caixão até o cemitério. Muito abalados, não quiseram dar entrevistas.

O presidente da seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Octávio Gomes, disse hoje que a Comissão de Direitos Humanos da entidade vai acompanhar de perto o inquérito que apura as circunstâncias da morte do rapaz. O delegado Montenegro recusa qualquer crítica à atuação de seus agentes.

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