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Brasília – A Polícia Federal (PF) ameaça entrar em greve geral a partir de segunda-feira, caso o governo não conceda o reajuste de 30% reivindicado pela categoria. Em paralisação de advertência por 24 horas para forçar as negociações, os policiais foram surpreendidos ontem pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir reajustes do funcionalismo público acima da inflação.

Técnicos dos Ministérios da Justiça, da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão discutem a extensão da medida e se ela impede o acordo que era negociado com a PF.

Perdas

Por meio de nota, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, disse que a resolução do TSE não alcança os entendimentos da classe, que teria perdas acumuladas de 128% nos últimos anos.

"Estamos pedindo a reposição de apenas 30%, retroativa a fevereiro", observou. Mas, caso o governo endureça, o indicativo de greve geral será mantido, avisou. Assembléias para deliberar sobre a paralisação serão realizadas ao longo do fim de semana em todos os estados.

Atropelos

Garisto criticou os atropelos da administração federal, que, de acordo com ele, deveria ter concedido o acréscimo desde o início do ano, como havia se comprometido desde novembro, e reclamou da ausência do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na reunião de terça-feira para buscar uma saída para o impasse.

"Ele (Bastos) foi desmoralizado pela equipe econômica e a PF entra em greve geral na próxima segunda-feira", avisou.

O movimento de advertência, que terminou à meia-noite de ontem, contou com a adesão maciça de agentes, escrivães, papiloscopistas e até de delegados, que, pela primeira vez, aderiram a uma paralisação geral da corporação.

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