Atualizado em 07/07/06 às 20h57
A Polícia Federal (PF) apontou 12 suspeitos - contadores, contabilistas e pessoas ligadas ao grupo - acusados de fraudar a Previdência Social com a conivência de trabalhadores. Ninguém foi preso, e os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela PF.
Nesta sexta-feira (7), a PF cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em escritórios de contabilidade e de advocacia, de sete cidades do Paraná, acusados de fraude na Previdência Social. A "Operação Caduceu" aconteceu em Londrina, Curitiba, Foz do Iguaçu, Paranavaí, Lidianópolis, Ivaiporã e Jardim Alegre.
Ao todo, 120 empresas estão sendo investigadas por terem se envolvido com cerca de 900 vínculos trabalhistas fraudados. O prejuízo ultrapassaria R$ 7 milhões.
Segundo as informações divulgadas pela PF, a quadrilha agia de diversos modos. Em um deles, a quadrilha pegava o CNPJ de empresas ativas e inativas e registrava um funcionário que estava prestes a se aposentar. Mesmo sem trabalhar, o funcionário entrava com o pedido de aposentadoria junto à Previdência.
O valor cobrado pela quadrilha era de R$ 13 mil, mas a PF ainda não sabe quantas pessoas estariam envolvidas no esquema de fraude. Sabe-se, que em apenas um escritório de contabiliadde de Londrina, foram apreendidas 150 carteiras de trabalho falsificadas. No local, a PF ainda encontrou carimbos falsos que "atestavam" a legitimidade do registro de emprego.
O material apreendido ainda não foi contabilizado pela PF, mas até as 16h desta sexta-feira, os policiais tinham apreendido computadores, farta documentação, guias de recolhimento da Previdência, carimbos e dados de empresas. Todo o material apreendido será concentrado em Curitiba, onde a perícia da PF e do INSS farão a análise.
A PF informou que todos os mandados de busca e apreensão foram concedidos pela 1º Vara Criminal de Curitiba. A operação começou de madrugada e envolveu 77 policiais federais de Londrina e Curitiba e 12 auditores fiscais da Previdência. Ninguém foi preso, porém, a PF informou que isso pode vir a acontecer durante o inquérito.
Caduceu
O nome da operação faz referência ao símbolo da profissão de contadores e contabilistas, formado por um bastão entrelaçado por duas serpentes e um elmo alado. No comunicado distribuído à imprensa pela PF, o Caduceu é descrito como uma das simbologias de Mercúrio, deus protetor do comércio, da paz e da prosperidade. "A insígnia da profissão contábil significa a capacidade, a inteligência e astúcia", diz o trecho do comunicado. O bastão denota o poder de quem conhece a Ciência Contábil, as serpentes referem-se à sabedoria para escolher o caminho mais vantajoso para o cliente e o elmo tem o significado de "proteção contra pensamentos baixos que levem a ações desonestas".
Veja em vídeo a ação policial em Londrina, onde foram cumpridos três mandados
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