Foram apreendidos, de acordo com balanço da Operação Tolerância Zero , deflagrada pela Polícia Federal (PF), na terça-feira (24), no Oeste e Sudoeste do Paraná, 6,7 mil metros cúbicos de madeira retirada ilegalmente do assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu. A madeira seria suficiente para encher 565 caminhões. Dezesseis pessoas foram presas, entre elas um vereador. Nesta quinta-feira (26) a polícia ainda procura 13 suspeitos que estão foragidos.
Durante a operação, foram interditadas 35 madeireiras em 12 municípios das regiões. De acordo com chefe do setor de comunicação da PF no Paraná, Marcos Koren, a polícia encontrou toras de araucária, pinus e eucalipto, retiradas ilegalmente do assentamento. Também foram apreendidos 39 caminhões, dois veículos de passeio, 45 tratores, 44 motosserras, sete armas e 346 maquinários usados no corte e beneficiamento da madeira.
Os detidos na operação são suspeitos de integrar uma quadrilha que expulsava famílias do assentamento, para extrair madeira ilegalmente da área. Depois de retirada, a madeira era processada nas serrarias da região e vendida. Antenor Carlos da Motta (PSDB), vereador do município de Três Barras do Paraná, no Oeste do estado, foi preso na quarta-feira (25). O vereador de outro município da região está foragido.
Na quarta-feira, ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, desembarcou na região para acompanhar a operação. O ministro assinou, junto com o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), um protocolo de intenções para recuperação ambiental em 49 projetos de assentamento da região.
Depois da assinatura, o ministro disse que os novos projetos seguem a linha da preservação ambiental e incluem novas modalidades como o Projeto de Assentamento Agro-Extrativista, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável e o Projeto de Assentamento Florestal. Ao todo, participaram 240 policiais federais, 258 policiais militares, 28 servidores do Incra e 23 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os detidos foram levados para a delegacia da Polícia Federal em Cascavel, onde prestaram depoimento, e depois encaminhados para espaços provisórios cedidos na Penitenciária Federal de Catanduvas.
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