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São Paulo – O delegado da Polícia Federal (PF) Ramón Almeida da Silva deverá entregar até amanhã um relatório sobre a investigação da queda do Boeing da Gol ocorrida no último dia 29 de setembro, em Mato Grosso, à Justiça Federal. Na audiência, ele deverá pedir a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito.

O Boeing caiu em uma região de mata fechada depois de bater, no ar, contra um jato Legacy. Os 154 ocupantes da aeronave da Gol morreram.

Na última sexta-feira, Silva ouviu e indiciou os pilotos norte-americanos que comandavam o Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pelo crime de expor ao perigo embarcação ou aeronave, na modalidade culposa (sem intenção de matar) agravada por morte.

Em nota, a PF informou que o indiciamento foi feito "com base em elementos de provas existentes nos autos do inquérito policial que apontam a falta dos cuidados necessários, esperados e exigíveis de pilotos durante a realização de um vôo". Para os advogados dos pilotos, o procedimento foi precipitado e motivado por preconceito e "conteúdo político".

Nas semanas anteriores, o delegado ouvira controladores de tráfego aéreo que trabalhavam no momento da colisão. Nenhum foi indiciado.

No começo deste mês, graças a uma determinação da Justiça, a PF teve acesso à transcrição das gravações da caixa-preta do Legacy. O calhamaço de cem páginas registra os diálogos travados entre Lepore e Paladino antes da colisão e entre o choque e o pouso e as tentativas de contato entre pilotos e controladores.

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