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A Polícia Federal reconhece a dificuldade de combater o contrabando e o tráfico através do Rio Paraná e do Lago de Itaipu, mas garante que não poupa esforços para coibir os crimes. Uma das medidas foi a criação do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom), em parceria com a Itaipu Binacional, e o intercâmbio do serviço de inteligência com outros órgãos de segurança, inclusive estrangeiros.

Implantado há sete anos, o Nepom dispõe de agentes especializados, três lanchas e três botes velozes, armamento de grosso calibre e um radar que é capaz de identificar movimentos suspeitos a longas distâncias. A ação, porém, sofreu um baque em dezembro do ano passado, quando um agente foi baleado na mão por criminosos. O ataque fez a PF reavaliar seu modo de atuação.

Para aprimorar o trabalho, 28 policiais de Foz do Iguaçu, Paranaguá, Guaíra, do Maranhão e Santa Catarina, mais dois homens da Capitania Fluvial do Rio Paraná e do 34.º Batalhão de Infantaria Motorizado participaram recentemente de um curso com agentes da Guarda Costeira dos Estados Unidos. O treinamento foi ministrado durante cinco dias.

Para o delegado-chefe da PF, Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, o serviço de combate ao contrabando tem sido de qualidade, porém o patrulhamento ostensivo enfrenta grande dificuldade porque os agentes ficam limitados a atuar na metade brasileira do Rio Paraná e do Lago de Itaipu, que tem 170 quilômetros de Foz a Guaíra e chega a ter dez quilômetros de largura.

Segundo ele, durante os fechamentos da Ponte da Amizade ocorridos em março a fiscalização foi reforçada justamente porque a inteligência identificou ação maior dos contrabandistas no rio e no reservatório. "Também damos prioridade à diligência por terra. Esperamos o desembarque das cargas para dar o bote sem oferecer a chance dos criminosos fugirem para o Paraguai", afirma Mattos.

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