PF começa a analisar documentos da Operação Agro-Fantasma

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O delegado Maurício Todeschini, responsável pela operação Agro-Fantasma, informou nesta quarta-feira (25) que a Polícia Federal começou a analisar os documentos apreendidos na ação que resultou no afastamento de funcionários da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná.

Realizada na manhã de terça-feira (24), a operação prendeu 11 pessoas, entre funcionários públicos e diretores de cooperativas, com suspeita de envolvimento no desvio de dinheiro do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) atrelado ao Fome Zero.

Duzentos policiais se dividiram em 44 equipes para desenvolver a operação. As 44 equipes estão investigando os documentos apreendidos através do cumprimento de 37 mandados de busca e apreensão autorizados pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba. Das 11 pessoas presas, duas foram ouvidas hoje (25). Há ainda 58 pessoas indiciadas.

O delegado voltou a afirmar que a Polícia Federal ainda não tem uma estimativa do valor desviado do PAA. O programa foi implantado em 2003 pelo governo federal e consiste na venda direta de produtos da agricultura familiar para entidades e escolas. O plantio é financiado pelo governo federal. Em 2012, segundo o Ministério da Agricultura, o governo federal investiu R$ 586,5 milhões em 2,6 mil projetos no país.

Conab

O PAA é coordenado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ao contrário do informado anteriormente, a diretoria da Conab não foi afastada, mas sim sete funcionários da superintendência no Paraná. A Conab conta com quatro diretores sediados em Brasília e eles continuam em seus cargos.

O afastamento foi recomendado pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba e ratificado pela presidência da Conab. O afastamento das funções é válido por 90 dias para não prejudicar o andamento das investigações. O servidor Erli de Pádua Ribeiro é o novo superintendente interino da Conab no Paraná.