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Kásper 22 são presos em batalha contra crimes financeiros

São Paulo - A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem a Operação Kásper, com o objetivo de combater o crime contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro. Foram cumpridos 22 mandados de prisão provisória. Três pessoas continuam foragidas: o doleiro do banco suíço, Marco Antônio Cursini; seu filho, Caio Vinícius Cursini; e Nick Salussoia, que se encontra no exterior. Estão sendo cumpridos também 52 mandados de busca e apreensão. A Justiça congelou ainda 19 contas bancárias no Brasil utilizadas pelos doleiros e seus maiores clientes para movimentar valores oriundos dos crimes financeiros. Foi também solicitado o bloqueio de seis contas bancárias nos Estados Unidos, Portugal e Panamá, pertencentes aos suspeitos.

Umuarama – A Polícia Federal mobilizou 280 agentes de três estados para a operação Cobra d'Água desencadeada ontem em seis municípios do Noroeste do Paraná e em Mundo Novo (MS). Segundo o delegado que comandou a operação, Luciano Flores de Lima, dos 46 mandados de prisão expedidos pela Vara Especializada em Crime Organizado da Justiça Federal em Curitiba, 23 foram cumpridos. A investigação durou cinco meses e a operação teve por finalidade desarticular seis das maiores quadrilhas que agem contrabandeando produtos do Paraguai para o Brasil, por meio do Rio Paraná e Lago de Itaipu. A PF também cumpriu 50 mandados de busca e apreensão. Serão indiciados ainda 34 investigados por contrabando e outros crimes.

Em Umuarama, os policiais prenderam Sinésio Rodrigues da Silva e encontraram na casa dele três pacotes de esmeraldas em pedra bruta. A polícia disse que as esmeraldas tinham avaliação de R$ 120 mil, feita em 1998. Também foram presos em Umuarama o comparsa de Sinésio, Aílton Batista Ramos, além de Roberto Donizete Ramalho, Maurício Marcelino da Silva e Fabian Soares de Oliveira.

O outro grupo alvo da operação foi desbaratado na cidade de Altônia com a prisão de Milton Reberti Pedrini; o filho dele, César Dias Reberti; e Leonil Mrowskovski. Um sargento da Polícia Militar Ambiental de Mundo Novo foi preso sob a acusação de exigir dinheiro dos contrabandistas para liberar as embarcações flagradas com produtos ilegais. Os policiais atuaram nas cidades de Guaíra, Goioerê, Tuneiras do Oeste e Loanda.

A investigação apurou que as quadrilhas monitoravam o movimento dos barcos da PF no rio ou na garagem e há suspeita de pagamento de propina a policiais civis e militares para facilitar o transporte dos produtos. A maior parte do contrabando saía de Salto del Guayra e subia até Altônia onde era descarregada em propriedades rurais nas margens dos rios Paraná e Piquiri, para depois ser distribuída para várias cidades do Paraná. As mercadorias eram encomendadas até pelo MSN, o que, segundo a PF, facilitou as investigações.

A Delegacia de Polícia Federal em Guaíra informou que as apreensões de cigarros saltaram de 3.500 caixas em 2005 para 20.500 em 2006. Os policiais dizem que o aumento ocorreu porque os contrabandistas migraram para Guaíra, devido à fiscalização mais rígida em Foz do Iguaçu nos últimos meses. Na operação de ontem, a avenida na frente da Delegacia da PF em Guaíra teve de ser interditada para dar lugar a viaturas e aos 50 veículos, trator e barco apreendidos. O material menor foi levado para salas emprestadas por uma universidade.

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