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Ponta Grossa - Um ex-gerente da Agência do Trabalhador e um outro ho­­mem foram indiciados pela Po­­lí­­cia Federal em Guarapuava, no Centro do estado, sob acusação de fraudar o seguro-desemprego, do Ministério do Tra­­balho e Emprego. O valor desviado e o número de beneficiados pelo esquema ainda estão sendo investigados.

A Polícia Federal deflagrou ontem a operação Amparo e cumpriu cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. Na residência do ex-gerente foram encontrados documentos referentes ao seguro-desemprego dentro de uma máquina de lavar roupas. Todo o material foi apreendido para investigação.

Segundo o delegado Joel Moreira Ciccotti, a quadrilha modificava o valor a ser recebido pelo desempregado no sistema do Ministério do Trabalho e Em­­prego. "Se o trabalhador re­­cebia um salário de R$ 450, ele jogava no sistema R$ 800, e assim o dinheiro do benefício vinha aumentado", explica Cic­­cotti. O dinheiro extra era dividido entre os intermediários que atraíam o desempregado para o esquema e os próprios desempregados. "Quem foi mais afetado pela fraude foi o Fun­­do de Amparo ao Tra­­balhador", afirmou o delegado.

A Agência do Trabalhador em Guarapuava é municipal. Se­­gundo a assessoria de im­­prensa da prefeitura, o ex-ge­­rente foi afastado na última quarta-feira, assim que a prefeitura foi comunicada pela Po­­lícia Federal da investigação. De acordo com Ciccotti, as investigações irão prosseguir para identificar o valor do rombo e o total de envolvidos, que poderão responder criminalmente por estelionato, inserção de dados falsos em sistema de in­­formações e formação de quadrilha. As penas, somadas, são superiores a 20 anos de reclusão.

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