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As 7,5 toneladas de maconha apreendidas na segunda-feira na BR-277, na praça de pedágio de Candói, Região Central do Paraná, seriam entregues a integrantes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a Polícia Federal (PF). Quatro pessoas foram presas: o motorista do caminhão que levava o entorpecente e outras três pessoas que faziam a escolta do veículo. "Um dos presos confirmou em interrogatório que se tratava de uma encomenda do PCC", afirma o superintendente da PF, Jaber Saadi.

Segundo a PF, essa foi a maior apreensão de drogas já feita em território paranaense. "A droga é transportada em pequenas quantidades pelo lago (de Itaipu) e assim que uma grande quantidade é acumulada é feito o transporte", explica Saadi. Os tijolos de maconha apreendidos estavam escondidos embaixo de um carregamento de trigo. O Paraná e o Mato Grosso do Sul são os dois principais corredores do tráfico para que o entorpecente que vem do Paraguai chegue aos grandes centros urbanos do Brasil. A PF vem fazendo um trabalho conjunto de fiscalização de fronteiras para combater o tráfico internacional de drogas e armas, que tem como destino final organizações criminosas.

Entre os presos estão dois homens apontados como integrantes do PCC – Ademir Batista Martinho e Wagmo Vitório de Oliveira Zanuelli, que se encontrava foragido de São Paulo. Os outros detidos são Melania Galon e Cícero Custódio de Lima. De acordo com a PF, a maconha seria levada até Jundiaí (SP), e abasteceria todo o estado de São Paulo. "O trabalho de investigação continua a partir das informações que coletamos para verificar se havia o interesse de jogar a droga dentro dos presídios", conta Saadi. A polícia investiga também se há apenas uma quadrilha fazendo o serviço na região ou se são vários grupos interligados.

"Hoje, o PCC está se estruturando como uma empresa. Eles precisam de caixa para pagar os soldados", afirma o superintendente. O dinheiro desses "salários" viria por intermédio do tráfico de drogas e armas. Os presos e o entorpecente foram encaminhados para a sede da PF em Guarapuava.

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