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Mandados de busca e apreensão cumpridos ontem pela Polícia Federal (PF) nas dez unidades do Conselho Regio­­nal de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR) revelaram um esquema de favorecimento de uma escola que pertence a diretores do conselho. Segundo a PF, o grupo se aproveitava da estrutura do Creci para "vender" cursos preparatórios em uma instituição pertencente a diretores do conselho. Nin­­guém foi preso.

Para conseguir registro profissional e atuar como corretor de imóveis, os candidatos devem frequentar um curso e fazer uma prova do Creci. De acordo com o delegado Algacir Mikalovski, os candidatos eram induzidos por funcionários do Creci a fazer o curso na escola dos diretores do conselho. O custo seria de aproximadamente R$ 1 mil por aluno. "As pessoas saíam com a impressão de que só podiam fazer o curso naquela escola. A concorrência era tolhida por meio de práticas ilegais", disse o delegado.

Segundo a PF, funcionários recebiam comissão dos diretores para encaminhar os candidatos. Os policiais apreenderam apostilas e recibos nas unidades do Creci. A PF apurou que a prática ocorria nas dez unidades do Creci no Paraná, em Curitiba, Lon­­drina, Maringá, Cascavel, Pon­­ta Grossa, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Umua­­rama, Matinhos e Gua­­rapuava. O nome da escola beneficiada não foi divulgado. Durante a investigação, a PF infiltrou agentes que frequentaram o curso. Ainda não há uma estimativa de quantas pessoas foram prejudicadas. De acordo com Mikalovski, a prática configura estelionato e patrocínio do interesse particular perante a iniciativa pública.

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