Uma operação da Polícia Federal, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho libertou 154 operários em situação de trabalho escravo numa carvoaria em Várzea da Palma, em Minas Gerais, próximo à divisa com a Bahia. Eles trabalhavam para a Rotavi, fabricante de ferro ligas e ligas à base de silício.
Segundo o auditor do Ministério do Trabalho Klinger Moreira, a operação foi montada a partir de uma denúncia. Quando chegaram ao local, os policiais constataram a situação degradante de trabalho. "Eles estavam em dois alojamentos em péssimas condições e trabalhavam sem nenhum equipamento de proteção individual", disse Moreira. Eles deveriam usar capacetes, luvas, filtros e roupas que os protegessem contra o calor dos fornos da carvoaria.
Além disso, relatou Moreira, eles não recebiam salário, apenas pequenos adiantamentos, e eram obrigados a comprar alimentos e outros produtos de uso pessoal com ágio de 30% a 50%.
Pagamento
Nesta semana, o Ministério Público e o Ministério do Trabalho irão concluir o processo de libertação dos trabalhadores, obrigando a empresa a arcar com os custos trabalhistas, para só então definir a multa e os crimes praticados e oferecer a denúncia (acusação formal). A Rotavi tem sede em São Paulo e está em nome do empresário Sidênio Joaquim Ferreira Costa, que não foi localizado.
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