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A Polícia Federal (PF) prendeu ontem 59 pessoas em uma operação contra suspeitos de fraudar licitações e desviar verbas destinadas à compra de medicamentos em diversos estados. Segundo a PF, as prisões aconteceram no Rio Grande do Sul (25), Santa Catarina (3), Paraná (6), Mato Grosso do Sul (6), Mato Grosso (18) e Rondônia (1). Entre os presos na Operação Saúde estão 12 secretários municipais – que ocupavam as pastas de Saúde, Fazenda e Finanças. Também foram detidos 30 servidores públicos, que teriam ligações com três quadrilhas identificadas durante as investigações. Uma pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma.

O desvio de verba públicas foi constatado em investigações iniciadas em 2009. Em apuração inicial, a PF constatou que apenas uma das quadrilhas chegou a movimentar R$ 40 milhões em 2009 e R$ 70 milhões no ano passado. Segundo a PF, as empresas envolvidas no esquema são de Barão de Cotegipe (364 km de Porto Alegre), mas as investigações abrangem outros municípios gaúchos – segundo a PF, 450 cidades repassaram verbas para as empresas. A investigação aponta que as empresas, em acordo com servidores, não entregavam nenhum ou apenas parte dos remédios comprados por licitação; ou entregavam remédios com prazo de validade perto do vencimento.

A PF apreendeu na prefeitura de Matinhos, no litoral do Paraná, documentos referentes aos processos licitatórios, empenhos e notas fiscais das compras de medicamentos e equipamentos hospitalares feitos nos últimos seis anos. A ação teve início antes do expediente, por volta das 7 horas, para impedir a ocultação de documentos. A PF também fez buscas no Hospital Nossa Senhora do Carmo e na Farmácia Básica da cidade, onde um biofarmacêutico foi preso.

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