A Polícia Federal prendeu ontem cinco pessoas em uma operação em cidades do interior de Minas Gerais para coibir a venda de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ) do Estado. A operação foi batizada de Jus Postulandi.
Os nomes dos presos não foram divulgados, mas entre eles está um advogado, que também é vereador, e um empresário da cidade de Cláudio. Segundo a PF, quatro estão foragidos: são criminosos beneficiados pelos habeas corpus comprados.
O esquema, de acordo com a PF, funcionava nos plantões judiciais, quando o tribunal trabalhava em regime diferenciado, em fins de semana e feriados. Os presos interessados pagavam de R$ 120 mil a R$ 180 mil a um advogado da quadrilha, que entrava com o pedido liminar de liberdade em uma comarca onde um comparsa estivesse de plantão. Apenas magistrados podem conceder habeas corpus.
O Ministério Público mineiro na cidade de Alpinópolis (a 32 km de Belo Horizonte) iniciou a investigação há cinco meses e pediu ajuda à delegacia da PF em Divinópolis (a 120 km da capital).
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
Deixe sua opinião