A quadrilha utilizava documentos falsos para comprovar tempo de trabalho rural
- RPC TV
Dez pessoas acusadas de fraudar a Previdência Social foram presas durante a Operação Encosto da Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (9), em três municípios do Norte-Pioneiro do Paraná. Cinco são funcionários do INSS de Cornélio Procópio, dois são dirigentes de sindicatos rurais de Itambaracá e Abatiá e os outros são os intermediários do esquema. Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.
A quadrilha, de acordo com a PF, agia na região desde 2004. O grupo fraudava aposentadorias por tempo de contribuição e por idade - inclusive de trabalhadores rurais e pensões por morte. O esquema começava com o aliciamento de segurados do INSS feito pelo chefe do grupo que mantinha um escritório de advocacia no município de Abatiá.
Para fraudar a Previdência, a quadrilha utilizava documentos falsos para comprovar tempo de trabalho rural. Os trabalhadores eram enquadrados na condição de segurado especial, sem ter as características necessárias para receber os benefícios. A documentação era obtida, segundo a polícia, com dirigentes de sindicatos rurais da região, e os funcionários no INSS colaboravam na liberação dos benefícios.
A Força-Tarefa Previdenciária no Paraná, composta pela Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal já identificou 300 benefícios com indícios de fraude. O prejuízo causado aos cofres da Previdência Social está estimado em cerca de R$ 3,5 milhões. Por mês, o desfalque era de aproximadamente R$ 171 mil.
Os investigados serão indiciados pela prática dos crimes de estelionato qualificado, formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa, corrupção passiva e advocacia administrativa. As penas dos crimes somadas chegam a 38 anos de prisão.
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