Brasília A Polícia Federal promete divulgar hoje os nomes dos dois funcionários da Caixa Econômica Federal que operavam a máquina em que foi violado ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Eles já foram intimados para depor para informar de quem partiu a ordem.
Intimado ontem, o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, cancelou o depoimento alegando motivos pessoais, mas mandou dois advogados da assessoria jurídica da instituição entregarem toda a documentação relativa ao caso ao delegado Rodrigo Carneiro Gomes, encarregado do inquérito.
Com a documentação, os peritos da PF rapidamente fizeram a identificação dos responsáveis, mas Gomes preferiu buscar orientação da Justiça Federal antes de fazer revelações, temeroso de que a PF venha a ser repreendida ou mesmo punida.
A demora da Caixa em entregar e a da PF em concluir a identificação dos culpados pela quebra ilegal de sigilo da conta do caseiro irritou a comissão de parlamentares designada pela CPI dos Bingos para acompanhar as investigações. "Eles (o governo) estão procurando um Delúbio na Caixa, que assuma sozinho a responsabilidade pelo crime e isente os superiores", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
Inconformado também com a demora, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) apresentou requerimento exigindo a imediata comunicação dos nomes dos responsáveis para que o Congresso apure toda a cadeia de responsabilidades. Ele acha que há gente acima dos dois funcionários já identificados que deu a ordem. "É claro que alguém mandou. Pra que os funcionários (ou funcionárias) subordinados queriam essa informação se sequer conheciam o caseiro? Não era para ir ao banheiro!", observou.
Para Tuma, a PF tem que agir com imparcialidade e divulgar imediatamente os nomes.
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