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São Paulo – A aliança PSDB–PFL pode ganhar uma terceira sigla, seja no plano federal, seja na maior parte dos estados – o PMDB. O esforço para ampliar a aliança atende a uma "prioridade total", dizem dirigentes dos dois aliados tradicionais: ganhar do PT. E, para ganhar do PT, o PFL aceitará abrir mão da Vice-Presidência para um candidato do PMDB do Nordeste. Geraldo Alckmin já conversou com o ex-governador Anthony Garotinho, especulado como possível vice na chapa à sucessão de Lula. A hipótese não agrada à cúpula do PFL, preocupada em estimular a aproximação com a Igreja Católica – Garotinho é ligado às igrejas evangélicas. A busca da simpatia da Igreja à chapa da aliança se tornou palatável depois do desencanto dos católicos com o governo do PT e foi facilitada pela religiosidade de Alckmin.

A cúpula do PFL não abre mão da vice para Garotinho, mas admite fazê-lo se o candidato for, por exemplo, o ex-governador Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco. Aliados de Alckmin, no entanto, confidenciam que ele procurou Garotinho exatamente por acreditar numa equação em que os dois nomes juntos somariam votos de católicos e evangélicos.

As conversas para indicar o vice de Alckmin estão em aberto e a preocupação central de PSDB e PFL é encontrar um nome que garanta uma chapa competitiva. A busca da competitividade estimula várias preocupações. Uma delas é com a representatividade regional – se Alckmin é de São Paulo, o vice tem de vir do Nordeste, a grande força eleitoral do presidente Lula.

Mas no começo de sua campanha Alckmin parece não ter dado grande importância à velha tese da chapa café-com-jerimum. Ele preferiu garantir chapas fortes nas disputas estaduais dos estados com grande eleitorado. Ele tentou, no Rio, uma composição com o prefeito César Maia. O fracasso não o incomodou: por trás do pano, o PSDB já tem um acerto de apoio mútuo com o candidato do PMDB, Sérgio Cabral Filho.

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