O piloto curitibano Asteclínio da Silva Ramos Neto, preso no Peru, estaria sendo acusado de “conspiração para o tráfico de drogas”, segundo seu advogado, Rodrigo Faucz. A defesa do piloto informou ter tido acesso à parte do processo. De acordo com o advogado, “a acusação se baseia em uma pretensa declaração do co-piloto, feita quando estava sendo atendido por médicos e sob efeito de anestesia”.
“Dizer que há uma conspiração para o tráfico, sem qualquer prova, é uma temeridade. O Asteclínio não tem e nunca teve envolvimento com qualquer atividade criminosa e disponibiliza todos os dados telefônicos, bancários, e de informações para comprovar sua idoneidade”, diz Faucz.
Estado de saúde
O advogado também demonstrou preocupação com o estado de saúde do piloto. Na terça-feira (2), Asteclínio recebeu seu advogado no presídio em Satipo e também a primeira visita da sua mãe, Vera Lúcia. O advogado informou que o piloto está “20 quilos mais magro, com dificuldades de se locomover, dormir, respirar e até de ficar com a coluna ereta em virtude do projétil alojado em seu abdômen”.
“Ele precisa urgentemente de atendimento médico adequado. Não é possível que alguém com um projétil de grosso calibre alojado próximo à sua coluna esteja preso nestas condições”, afirma o advogado.
O caso
Asteclínio visitava a Bolívia, onde pretendia estudar medicina. Lá, foi contratado para levar um passageiro ao Peru e retornar. A aeronave decolou no dia 15 de abril, mas, ao sobrevoar o espaço aéreo peruano, foi alvo de um helicóptero das Forças Armadas do Peru. A defesa ressalta que o abatimento do avião foi motivado por meras suspeitas e que não foram encontrados entorpecentes. Quando a aeronave foi abatida, Asteclínio foi atingido por tiros no braço e no abdômen. O piloto foi socorrido em estado grave e ficou por mais de uma semana em coma. Assim que recebeu alta médica, foi encaminhado ao presídio de Satipo.
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