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Maristela, coordenadora da Gibiteca: orgulho de formar leitores e quadrinistas | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Maristela, coordenadora da Gibiteca: orgulho de formar leitores e quadrinistas| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Evento

Convenção no fim deste mês marca aniversário do espaço

O principal marco dos 30 anos da Gibiteca de Curitiba será o GibiCon Nº1 – encontro da área de quadrinhos com exposições, mesas de debate, lançamentos, oficinas, palestras e cursos. O evento acontece de 25 a 28 de outubro, no próprio Solar do Barão, sede da gibiteca, mas também contará com extensões pela cidade. O primeiro pré-evento da GibiCon será realizado amanhã, com a abertura da exposição "O quadrinho Russo" no Paço da Liberdade, a partir das 19h. A entrada é gratuita.

São esperados quadrinistas internacionais e nacionais para a Gibicon. Entre os nomes de maior destaque estão Watson Portela, Gustavo Machado, Bennett, Jean Galvão e Fernando Gonsales. No ano passado, houve uma edição "zero" da GibiCon, que contou com 10 mil visitantes. Segundo o quadrinista e curador do evento, José Aguiar, a edição de 2011 serviu como "ensaio" para o evento deste ano, que tem uma expectativa de público de 30 mil pessoas.

Aguiar começou a frequentar a Gibiteca de Curitiba aos 16 anos de idade, tornando-se depois professor do curso de HQ por 12 anos. "Passei mais da metade da minha vida aqui, é um lugar importantíssimo para a minha formação. Conheci na gibiteca diversos artistas, e não só de quadrinhos, porque é um lugar que abriga diversas manifestações", diz.

O quadrinista afirma que, embora a GibiCon tenha sido idealizada como comemoração para o aniversário da gibiteca, acabou tomando proporções maiores. "É uma grande festa, mas também contaremos a história dos quadrinhos em Curitiba e daremos enfoque aos artistas locais."

Serviço

A Gibiteca de Curitiba fica na Rua Pres. Carlos Cavalcanti, 533 - Centro (Solar do Barão).

Horários de atendimento: das 9 às 12 horas e das 14h às 18h30. Aos sábados, das 14 às 19 horas.

Telefone: (41)3321-3250

De acordo com o anúncio oficial da prefeitura, a Gibiteca de Curitiba, que fez ontem 30 anos, é a primeira do Brasil. Mas a coordenadora do local, Maristela Garcia, reivindica um pioneirismo ainda maior. "Somos a primeira do Brasil, da América Latina, do mundo. Há 30 anos, não havia lugar como o nosso", diz.

Com 33 mil itens em seu acervo, a gibiteca comemora sua terceira década com uma agenda fixa que inclui exposições, concursos, encontros, palestras, eventos, cursos, oficinas e workshops. Para preservar o acervo, só é permitida a consulta aos gibis no próprio local, sem a possibilidade de empréstimos. Essa característica fez com que a gibiteca se tornasse um ponto de encontro. Aos sábados, Maristela estima que 80 pessoas passem pelo local, que também sedia encontros de fãs do filme Star Wars, praticantes de cosplay (abreviação de "costume play", ato de se fantasiar de personagens) e jogadores de RPG.

A própria coordenadora, há 13 anos no cargo, é fã de quadrinhos, destacando entre suas abrangentes preferências os trabalhos de Will Eisner, os almanaques Disney e os gibis do Asterix. "Trabalhar aqui é unir o útil ao agradável", conta. Para Maristela, o maior orgulho da profissão é ter formado tanto uma geração de leitores de quadrinhos quanto de quadrinistas, que hoje se destacam depois de terem passado pelos cursos da gibiteca. É o caso de José Aguiar, Romolo D’Hipóltyto e André Caliman, entre outros.

A gibiteca oferece cem vagas por semestre em seus cursos, sempre lotados. São quatro turmas de desenho HQ (dividas nos níveis básico, intermediário e avançado) e uma de mangá. "Antes, as pessoas gostavam de quadrinhos meio escondidas. Hoje está mais aberto, a linguagem é trabalhada nas escolas", diz a coordenadora.

A Gibiteca de Curitiba foi idealizada em 1982 pelos arquitetos Key Imaguire, Abrão Assad e Domingos Bongestabs.

Aprendendo

Entre os alunos do curso de mangá está o estudante Miguel Gomes de Almeida, 16, que diz gostar de quadrinhos e animações japonesas desde criança, incentivado pelo pai. Embora já desenhasse por prazer, o curso está incorporando novas técnicas a seu repertório.

Já Jennifer Ta­­nida, 14, foi informada do curso pela sua mãe. "Não descarto o desenho como opção profissional, mas venho aqui mais por gosto mesmo. Já melhorei bastante em dois meses de curso."

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