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O aeroporto do Bacacheri teve sua origem no Colégio Agrícola Estadual. Na década de 30, a aviação militar estabeleceu um regime de aviação no bairro. Em 1980, devido ao grande fluxo de aviação civil, parte da área foi tranferida para a administração da Infraero. Hoje, em número de pousos e decolagens, o aeroporto é o quarto mais movimentado do sul do país, ficando atrás apenas do Afonso Pena, em São José dos Pinhais; do Salgado Filho, em Porto Alegre; e do aeroporto Internacional de Florianópolis. São cerca de 70 operações por dia, que transportaram quase 45 mil passageiros em 2007.

Não são feitos voôs comerciais no local. Há somente aeronaves de pequeno e médio porte. São empresas de táxi aéreo, aviação executiva e escolas de aviação.

Apesar do grande movimento, o aeroporto não é apontado pelos moradores do bairro como um problema. Alguns, pelo contrário, até acham que a fama e sucesso do comércio local são reflexo do fluxo de aviões. A proprietária de um grande restaurante na Avenida Erasto Gaertner, Márcia Miecznikows, reclama da falta de voôs comerciais e afirma que, com o fim destas rotas, o movimento caiu pela metade. "Nunca tivemos problemas com os aviões. Na época que começaram com a idéia de tirar os voôs comerciais fizemos até um abaixo-assinado para que eles permanecessem. O aeroporto ajuda no desenvolvimento do bairro".

Nas imediações do aeroporto há três postos de gasolina e uma casa de fogos de artifício. De acordo com Wilson Gomes está tudo dentro da lei. "Quando ele foi construído, Curitiba ia só até a linha do trem. Mas a região cresceu e é responsabilidade da prefeitura autorizar ou fiscalizar o comércio e construções próximas", diz o superintendente.

A gerente de um posto de gasolina que fica há uma quadra da pista de pouso afirma que nunca houve qualquer problema com os aviões. "Estamos aqui há 40 anos e nunca tivemos nenhum incidente. Pelo contrário, o aeroporto é que dá vida para o bairro", diz Silvana Farias. Ela conta que até o nome das lojas do comércio local são inspirados no local. "Ele faz parte da nossa identidade e incomoda muito pouco. Como as aeronaves são de pequeno porte não há barulho", comenta Silvana. "E a rotatividade de pessoas e funcionários é grande, o que alimenta o comércio. Nos identificamos mais com ele do que com a ‘Vaca Cheri’", diz, mencionando a história da vaca que, segundo a lenda, teria dado nome ao bairro.

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