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Compromisso

Richa diz que pretende ampliar estrutura da Comec

O governador eleito, Beto Richa (PSDB), disse, por meio da assessoria de imprensa, que pretende honrar o compromisso firmado com os secretários e o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), ampliando a estrutura e as atribuições da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).

Ele já teria começado, inclusive, a ouvir os prefeitos regionalmente esta semana, passando por Pato Branco, Cascavel e Maringá.

A assessoria ainda afirmou que Richa disse que não pode passar mais detalhes por enquanto, porque as equipes de transição – a dele e do atual governador Orlando Pessuti – só começam a trabalhar juntas no dia 3 de dezembro.

Uma alternativa para vencer o preço alto dos terrenos e incentivar o desenvolvimento urbano da região metropolitana de Curitiba (RMC) seria o planejamento conjunto entre capital e municípios vizinhos, onde a terra é mais barata. "Acredito que mudanças recentes na legislação, como a Lei de Respon­­sabilidade Fiscal, travam um pouco esse processo de articulação entre os municípios. Os administradores acabam se voltando para seus próprios quintais, quando o problema precisa ser resolvido em conjunto", afirma o diretor de Obras da Com­­panhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Celso Luiz Fernandes.Para ele, o órgão ideal para articular esse trabalho seria a Coor­denação da Região Metropolitana de Curitiba, a Comec, ligada à Secretaria de Estado de De­sen­volvimento Urbano. "Ainda antes das eleições reunimos os secretários de Urbanismo da RMC e fizemos um documento, enviado aos dois candidatos, pedindo a revisão das atribuições da Comec para isso", explica o presidente do Sin­dicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sindus­con-PR), Hamilton Pinheiro Franck.

O atual coordenador da Comec, Alcidino Bittencourt Pereira, diz que o órgão já faz a parte macro do planejamento. "Nós nos focamos na questão do uso do solo e já tivemos bons resultados nesse sentido. Boa parte dos municípios já possui um órgão para cuidar da habitação e incorporou as diretrizes de uso do solo da Comec em seus planos diretores. O que ocorre é que algumas vezes os municípios e os lobbies do setor produtivo entram em conflito conosco porque querem fazer algo que a legislação não permite." Para ele, a coordenação específica da Habitação na RMC caberia mesmo à Cohapar.

Demanda crescente

Para o economista e pesquisador da Instituto Superior de Admi­nistração e Economia da Fun­dação Getúlio Vargas (Isae/FGV), Robson Gonçalves, Curitiba pode ver a qualidade de vida cair e muito se novas soluções, como o planejamento com a região metropolitana, não forem adotadas. "Isso ocorreu em Campinas. Curitiba teria ainda mais a perder considerando que é referência para o Brasil. Isso já vem ocorrendo se observarmos questões como o trânsito da capital paranaense."

Uma pesquisa do professor com base nos dados Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que no ano passado o déficit habitacional da RMC cresceu 70%, saltando de 37 mil para 63 mil residências. Um aumento bem maior que a média nacional, de 2,3%, ou mesmo de Porto Alegre e região, de 0,3%.

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