Rua Toaldo Túlio, uma das poucas com uma ciclovia em Curitiba: agilidade e prática de exercício têm feito as bikes caírem no gosto dos brasileiros, mas na maior parte das cidades a infraestrutura ainda é precária| Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo

Há dois anos, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) está debruçado sobre o mapa da cidade elaborando o Plano Diretor Cicloviário da capital. Atualmente, a cidade tem 120 quilômetros de vias exclusivas ou compartilhadas para bicicleta. Não há, porém, definição de quantos quilômetros a cidade vai oferecer aos ciclistas, nem prazo de conclusão. De acordo com o Ippuc, a intenção é que, na medida em que novas obras sejam realizadas na cidade, as ciclovias ou ciclofaixas sejam instaladas, assim como ocorreu na Toaldo Túlio, no São Braz.

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No projeto do novo calçadão da Cândido de Abreu, no entanto, as bicicletas foram esquecidas. Na última semana, o membro da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (Ciclo Iguaçu) Jorge Brand esteve no órgão para discutir a possibilidade de implantação desse espaço no projeto. "Nós concordamos com a visão do Ippuc, que está dando prioridade ao pedestre. Isso é louvável, mas fazer a obra e esquecer do modal da bicicleta é um contrassenso", opina Brand. Em uma audiência futura com o prefeito Luciano Ducci (PSB), o ciclista pretende mostrar a necessidade da mudança.

A alteração do projeto da Cândido de Abreu é uma das diretrizes do Ciclo Iguaçu. As outras três são: ter participação ativa na criação do Plano Diretor Ciclo­viário; fazer com que a prefeitura instale bicicletários em terminais e prédios municipais; e criar uma campanha de conscientização sobre os direitos e deveres das bicicletas no trânsito.

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