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A Agência Nacional de Águas (ANA) lançou oficialmente ontem, em Brasília, o Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA), cujo objetivo é ampliar a quantidade de informações sobre a qualidade das águas superficiais (rios, lagos e reservatórios) em todo o Brasil.

Até 2015 vão ser investidos R$ 94 milhões na ampliação das redes de monitoramento dos corpos d’água do país, construção de laboratórios e treinamento de mão de obra especializada. Outra meta do PNQA é promover a padronização dos procedimentos de coleta e análise de dados, que atualmente são realizados pelas próprias agências reguladoras estaduais com base em parâmetros não unificados. Em 9 unidades da federação, incluindo Santa Catarina e na região Norte, não existem sistemas estaduais de monitoramento. Uma área que representa 50% do território nacional.

"A nossa ideia é que os estados continuem à frente desse monitoramento. O que a ANA deseja é que haja uma unificação que permita uma comparação e a criação de um banco de dados nacional ao qual qualquer cidadão possa ter acesso. Fora isso, queremos levar o monitoramento às áreas onde ele não existe, como na Região Amazônica", explica Paulo Libânio, especialista em recursos hídricos da ANA.

Com essas informações, diz Libânio, os cidadãos poderão cobrar das autoridades soluções para resolver os problemas referentes à poluição dos rios, por exemplo. As informações estarão disponíveis no recém-lançado Portal da Qualidade das Águas (http://pnqa.ana.gov.br), que permite consultas sobre a situação dos recursos hídricos no país. "Outro benefício é que as autoridades públicas vão poder direcionar suas políticas e investimentos onde a situação for mais urgente", analisa o especialista.

Ipaguas

Responsável por monitorar os recursos hídricos no estado, o Instituto das Águas do Paraná (Ipaguas) não terá grandes problemas para se adequar ao PNQA. "Talvez precisemos fazer somente algumas pequenas adequações", admite o secretário estadual de Meio Ambiente, Jorge Callado.

De qualquer forma, ele explica que está prevista uma ampliação da rede de monitoramento no estado e elogia o novo sistema nacional. "Vamos conhecer a real qualidade da água hoje no país e teremos maior segurança até para propor melhorias", conclui.

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