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O prefeito Nedson Micheleti (PT) e os comandantes das polícias Militar, coronel Joacyr José da Silva, e Civil, Sérgio Barroso, receberam na quarta-feira da direção da Sercomtel um estudo sobre a viabilidade da implantação de 62 câmeras em pontos críticos da cidade. A expectativa é de que em até 90 dias a instalação das câmeras seja iniciada.

De acordo com o presidente da Sercomtel, Gabriel de Campos, a empresa municipal de telefonia já tem a estrutura necessária para a transmissão em tempo real das imagens geradas em todas as regiões da cidade pelas câmeras para a sede do Batalhão. O sistema a ser implantado deve usar a estrutura utilizada pela internet de banda larga da Sercomtel.

O anúncio acontece 40 dias depois da realização de um seminário pelo Conselho Comunitário de Segurança, no qual foi defendida a tese da implantação da guarda municipal. A administração municipal foi criticada por não assumir compromisso com a implantação da guarda. Segundo os críticos, faltaria à gestão do prefeito Nedson vontade política de lidar com o tema segurança. Durante o evento realizado no final de março foram apresentadas as experiências de diversos municípios com a guarda municipal.

Ontem, Nedson negou que a apresentação do projeto de instalação das câmeras seja uma resposta aos críticos. "Estamos agindo dessa forma há dois anos, quando aprovamos a destinação de parte [30%] dos recursos do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros [Funrebom] para equipar as outras polícias", declarou o prefeito. Ele citou outras compras feitas com recursos do fundo, como a de 27 motocicletas para a Polícia Militar, no começo de 2006.

Custos

O custo total do projeto é estimado em R$ 2 milhões. Para realizar a transmissão a partir dos pontos onde estarão instaladas as câmeras, a Sercomtel terá que investir R$ 90 mil. A Prefeitura desembolsará mais R$ 600 mil do Funrebom e o restante do recurso será obtido junto à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). As autoridades avaliam que só com os recursos do Funrebom será possível comprar no mínimo oito câmeras. "A estrutura viabilizar a vigilância, como o armazenando imagens e o telão para acompanhamento [na sede da polícia], entre outros, tem um custo mais alto", explicou o diretor técnico da Sercomtel, Vanderlei Rezende Neiva.

O próximo passo é a especificação do material necessário, que fica a cargo da PM. Com essa especificação será aberto o processo licitatório para a compra dos equipamentos.

Polícia vai otimizar o trabalho

O comandante da PM em Londrina, coronel Joacyr José da Silva, declarou que a instalação das câmeras facilita o trabalho da polícia por possibilitar que a polícia otimize o seu efetivo. "Poderemos chegar ao local o mais rápido possível", declarou Silva. Ele explicou que os pontos escolhidos para a instalação dos equipamentos são aqueles com "o maior número de ocorrências".

Para o delegado-chefe da Polícia Civil, Sérgio Barroso, além de facilitar a prisão de criminosos, o sistema de câmeras também pode colaborar com a produção de provas para os inquéritos. "Fica mais fácil identificar autores de crimes e produzir provas", declarou. Segundo Barroso, "com um volume maior de provas é possível condenar os autores de crimes, o que ajuda a reduzir a sensação de impunidade, que é uma das causas da sensação de insegurança existente na sociedade".

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