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O policial militar de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, preso no sábado (28) acusado de fazer parte de uma quadrilha especializada no roubo de contrabandistas deverá ser expulso da corporação. De acordo com o comandante em exercício do 14° Batalhão de Polícia Militar, major Elias Ariel de Souza, foi aberto nesta segunda-feira (30) um processo administrativo para que sejam apuradas as denúncias de má-conduta do militar.

Há quase dez anos na PM, o militar, que não teve o nome divulgado, foi abordado por colegas da corporação durante um cerco montado na região leste da cidade, próximo à BR-277, a fim de prender acusados de roubar contrabandistas. Segundo a polícia, a região é frequentemente utilizada por grupos responsáveis pelo transporte das mercadorias que entram ilegalmente no país pelo Paraguai para desviar dos bloqueios.

No sábado à noite, foram recebidas pelo menos quatro denúncias de pessoas que haviam sido abordadas por quatro homens armados. O grupo estaria circulando pela região em um Golf. "Conforme a descrição das testemunhas, eles se comportavam tipicamente como quem estava procurando mercadorias contrabandeadas para roubar", explicou o comandante.

Com a descrição de como agiam, do veículo e dos acusados, foram montados vários bloqueios na região. Identificados, os suspeitos tentaram fugir por uma estrada rural. Em seguida, abandonaram o automóvel e continuaram a fuga a pé por uma plantação de eucaliptos. No carro, os policiais encontraram uma pistola calibre .40 da Polícia Militar do Paraná.

Ainda durante as buscas, os policiais abordaram um dos suspeitos, que se identificou como soldado da PM. Preso em flagrante e levado à 6ª Subdivisão da Polícia Civil, ele declarou que se manifestaria apenas em juízo. Levado ao quartel, permanece detido. "Ele nunca apresentou este tipo de má-conduta, existem apenas registros de embriaguez em serviço", comentou o major.

Como destacou o comandante, "este tipo de prática raramente é denunciada porque os produtos roubados também são fruto de um ilícito". A denúncia só acontece, explica, quando cidadãos que atuam na legalidade acabam sendo abordados e percebem a intenção dos bandidos. "Os casos mais comuns são de policiais que dão cobertura ou escoltam os comboios de mercadorias."

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