O Inquérito Policial-Militar (IPM) que investigou a conduta de dois policiais militares, acusados pelo pai do atropelador de Rafael Mascarenhas – filho da atriz Cissa Guimarães e do músico Raul Mascarenhas - de exigirem R$ 10 mil para liberarem seu filho do crime, concluiu que Roberto Bussamra, pai de Rafael Bussamra, praticou corrupção ativa.

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Rafael Mascarenhas andava de skate no Túnel Acústico, na Gávea, Zona Sul do Rio, que estava interditado para carros quando foi atropelado, no dia 20 de julho.

Segundo o relações públicas da corporação, tenente-coronel Lima Castro, a conclusão do IPM foi publicada no Boletim Interno da Polícia Militar desta terça-feira (17). O IPM apontou que o sargento Marcelo Leal e o cabo Marcelo Bigon praticaram corrupção passiva.

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Eles vão ser submetidos ao conselho de disciplina da Polícia Militar. Segundo o coronel, os dois policiais podem ser expulsos da corporação.

A conclusão do IPM foi encaminhada para a Auditoria da Justiça Militar. Caso sejam condenados, eles podem pegar de dois a oito anos de prisão.

Polícia Civil investiga o atropelamentoO IPM também foi encaminhado para distribuição pela 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público. Roberto Bussamra e os dois PMs podem ser denunciados pelo MP e julgados pela Justiça comum.

A Polícia Civil investiga o atropelamento. A delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), que está à frente das investigações, espera concluir o inquérito até o dia 20 de agosto. O laudo feito no carro de Rafael Bussamra apontou que o veículo estava a aproximadamente 100 km/h no momento do acidente.

O laudo da reconstituição do acidente apontou que Rafael foi arremessado a uma distância de 50 metros ao ser atropelado.

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Segundo Bárbara Lomba, o motorista Rafael Bussamra pode ser indiciado pelos crimes de homicídio culposo ou doloso (quando há intenção de matar), além de omissão de socorro, fuga e corrupção ativa, caso seja comprovado o pagamento de propina aos dois PMs. Se o jovem for condenado por homicídio doloso, a pena pode chegar a 20 anos.