A Polícia Militar de São Paulo não usará balas de borracha no protesto do Movimento Passe Livre que vai acontecer a partir das 17h de hoje. A informação foi dada pelo promotor de Habitação e Urbanismo da capital Maurício Ribeiro Lopes que participou do encontro entre o governo do estado e os militantes.
O governo disse que a Tropa de Choque não precisará ser acionada hoje pois acredita em um ato pacífico. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. No protesto de quinta-feira, 15 jornalistas ficaram feridos, sete dos quais da Folha de S.Paulo.
O fotógrafo Sérgio Silva, da agência Futura Press, levou uma bala de borracha no olho e pode perder a visão. A repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, também foi atingida no olho e está em recuperação.
Trajeto
O secretário Fernando Grella recuou e afirmou que não impedirá os manifestantes de chegarem à avenida Paulista ou à marginal Pinheiros durante protesto de hoje.
Ainda de acordo com o secretário, a Polícia Militar não estará armada com balas de borracha. "É um compromisso nosso que as tropas não estarão municiadas com balas de borracha",disse.No entanto, ainda segundo Grella, "a tropa de choque vai estar à disposição, como sempre esteve".
O acordo só foi possível após as lideranças do movimento concordarem com o acompanhamento de oficiais da PM durante todo o trajeto.
A decisão foi tomada durante reunião na manhã de hoje. Também compareceram o coronel da Polícia Militar Benedito Roberto Meira e o delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck.Horas antes, em entrevista coletiva, os membros do MPL já haviam informado que o trajeto não seria decidido na reunião.
"Nós não sabemos qual vai ser o trajeto. Ele surge na hora, depende do número de pessoas e dos grupos presentes", afirmou um dos integrantes do movimento.
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