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A Polícia Militar (PM) determinou bloqueio total da Vila das Torres, no Prado Velho, em Curitiba, quase duas horas depois de um tiroteio entre gangues que matou um menino de 12 anos e deixou uma menina de 7 anos gravemente ferida neste sábado (8). Essa é a segunda morte violenta de uma criança da comunidade registrada nesta semana. No último domingo (2), o menino Cahuê da Silva da Cruz, de sete anos, havia sido assassinado na Vila das Torres.

Segundo o 12º Batalhão da PM, aproximadamente 100 policiais foram deslocados para a operação, que averigua todas as pessoas que entram e saem da Vila desde as 15 horas. O bloqueio não permite que a polícia reviste as casas de suspeitos, mas impede que novos tiroteios entre gangues ocorram.

Um policial do Batalhão informa que todos os agentes que estavam de folga foram chamados ao trabalho. Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) e da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) já estão na área.

Um morador da Vila, que não quis ser identificado, afirma que não adianta "trancar a casa depois do assalto". "Depois da tragédia da semana passada, a polícia deveria ter mantido duas ou três viaturas aqui na comunidade. Por que deixam chegar nessa situação? É uma tragédia anunciada", desabafa.

Moradores pedem mais segurança

Na tarde deste sábado, o telefone da 5ª Companhia do 12º Batalhão da PM, ao lado da Vila das Torres, não parou de tocar. Moradores ligavam, pedindo informações sobre os tiroteios e clamando por reforço do policiamento. As viaturas que foram atender a ocorrência, no entanto, foram hostilizadas por pessoas que vivem na Vila. Um dos carros oficiais da PM chegou a ser avariado, depois de receber chutes e pedradas.

"Não é fácil ir lá. Ao mesmo tempo que parte da população quer atendimento, outra parte se revolta contra a gente. A gente vive no limite", confidencia um policial, que pediu anonimato. Para a PM e para os moradores, os tiroteios deste sábado estão relacionados à velha rixa entre duas gangues – a Turma de Cima e a Turma de Baixo -, que disputam o controle do tráfico de drogas.

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