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São Paulo - Alunos de uma escola estadual de Goiânia, com idades a partir de 15 anos, afirmam que foram obrigados a tirar a roupa durante uma revista da Polícia Militar no colégio, na última segunda-feira.

A informação sobre a reclamação dos alunos é da Secretaria da Educação de Goiás. A pasta diz que o Batalhão Escolar da PM foi chamado depois que o dinheiro arrecadado por uma turma para a confecção de camisetas (R$ 945) foi furtado.

Os meninos foram separados das meninas por policiais, segundo a secretaria. Alguns garotos, de pelo menos três salas de aula diferentes, foram apontados pela direção da escola para a revista. Eles tiveram que tirar camisas e calças, segundo o relato que fizeram. Um garoto de 15 anos que foi abordado pelos policiais afirma que todos ficaram nus. O dinheiro furtado não foi achado. A Polícia Militar e a secretaria não souberam informar quantos alunos foram revistados.

O Ministério Público do Estado decidiu investigar a operação da PM. A Secretaria da Educação diz que houve abuso de autoridade e violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente por parte dos policiais. Famílias de alunos também reclamam de truculência na ação.

Para o superintendente de Ensino Especial e Educação Inclusiva do órgão, Sebastião Donizete Carvalho, "a escola deve ser um espaço de segurança. O pai deixa o filho lá esperando que não vá sofrer nenhum tipo de agressão’’, diz Carvalho. "O ambiente tem que ser sadio. Nesse procedimento, isso não aconteceu.’’ Carvalho avalia que a direção da escola errou ao chamar a PM. A diretoria do colégio diz que não vai se manifestar sobre o assunto.

A PM confirmou que os alunos foram revistados minuciosamente, mas disse que vai apurar se os policiais mandaram os estudantes tirar as roupas. Segundo a polícia, o procedimento na escola "não é o padrão’’ para esse tipo de operação.

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