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| Foto: Governo do Rio Grande do Norte/Divulgação

A rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal, terminou por volta das 7h30 deste domingo (15), praticamente 14 horas após os primeiros registros do motim no interior na unidade, a maior do Rio Grande do Norte. O controle foi retomado após a entrada de homens dos batalhões especiais da Polícia Militar.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed/RN), a tática montada ao longo da madrugada deste domingo pelos representantes da Cúpula de Segurança Estadual, com representantes do Poder Judiciário e Ministério Público, sob a coordenação do governador Robinson Faria, foi considerada positiva. Com o controle dos pavilhões, os policiais passarão a contar os mortos, feridos e avaliar os prejuízos causados à estrutura física da penitenciária.

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No entorno da penitenciária, a movimentação de familiares é intensa e se tornou mais angustiante. A expectativa é de que os corpos das vítimas comecem a ser recolhidos ainda nesta manhã. Segundo relatos de policiais militares, agentes penitenciários e de imagens divulgadas em redes sociais pelos detentos que participaram da rebelião, há homens decapitados.

O governo do Estado confirmou, através da Sesed, que seria iniciado o processo de contagem dos corpos a partir das 08h (horário local). Acredita-se que a primeira parcial seja divulgada às 10h (horário local), durante uma coletiva de imprensa com representantes do governo do Rio Grande do Norte.

Novo episódio

O episódio se torna mais um capítulo da guerra entre facções no país. Desde o início deste ano, o sistema penitenciário brasileiro enfrentou três grandes rebeliões: em Manaus, 56 morreram no que já é considerado o segundo maior massacre em presídios na história do país, atrás apenas do Carandiru, por causa de um embate entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a Família do Norte (FDN), facções rivais. Menos de uma semana depois, 33 foram mortos dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, no que o governo declarou como um acerto de contas interno do PCC.

Desta vez, a chacina no Rio Grande do Norte teria sido motivada por uma disputa entre as facções PCC e Sindicato do Crime RN. A Penitenciária de Alcaçuz é considerada a maior unidade prisional do estado. Ela é formada por cinco pavilhões e tem 5 mil 900 metros quadrados de área construída.

Informações publicadas no site da Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania mostram que Alacaçuz tem um total de 620 vagas e abriga atualmente uma população prisional 1.083 presos em regime fechado.

Reforço

Em nota divulgada nas redes sociais, o governo do Rio Grande do Norte afirmou que a rebelião partiu de uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 e ficou restrita a estes pavilhões. A nota, contudo, diz que ainda está sendo apurado o envolvimento de facções no motim.

A nota traz ainda que o governador do estado, Robinson Faria, pediu ao ministro da Justiça, Alexandre de Morais, reforço da Força Nacional no lado externo do presídio.

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