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Uma operação da Polícia Militar inaugurada nesta segunda-feira (17) pretende coibir práticas ilegais de desvio de carga e limpeza irregular de caminhões nas redondezas do Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná. A estratégia é aumentar a fiscalização nas vias de acesso e ruas do entorno do porto e verificar depósitos que compram produtos agrícolas e fertilizantes obtidos de maneira irregular na cidade. Batizada de Proteção Portuária, a operação não tem prazo para terminar.

O comandante do 9º Batalhão da PM em Paranaguá, Coronel Lanes Randal Prates, lista três frentes de atuação da polícia nessa operação. "A primeira linha é coibir vazada (furtos de carga), com policiamento para que diminua a incidência desse tipo de prática. A segunda linha é diminuir a varredura, feita geralmente pela população que está na rua e faz limpezas irregulares de caminhões que descarregam no porto. E a terceira linha acontece junto aos depósitos, que serão fiscalizados e terão que responder administrativamente pelos produtos que possuem armazenados (e têm origem ilícita)."

Prates explica que para esses casos não estão previstas prisões, mas ele estima que o policiamento diminua a ocorrência das irregularidades e aumente a segurança dos que frequentam o porto. "No meio de dezembro nós conseguimos reduzir apenas para duas vazadas no mês, quando já chegamos a ter nove por dia. A ação preventiva é importante porque assim a economia flui de maneira muito melhor no porto."

Vazadas e varreduras

As vazadas ocorrem quando uma pessoa má intencionada abre uma parte da carroceria do caminhão carregado com fertilizantes ou grãos. Esses produtos, a granel, começam a escorrer na pista e então o que fica na rua é catado e revendido em depósitos que recebem a mercadoria de maneira clandestina, geralmente a um preço abaixo do mercado.

Já a varredura ocorre depois que um caminhão descarregou no estabelecimento e precisa limpar a carroceria para pegar outra carga. Pelas regras do porto, o veículo deveria sair limpo das empresas, mas em alguns casos as carretas ficam sujas. Os caminhoneiros então pagam alguém para limpar ou limpam por conta própria o veículo nas ruas, o que é proibido. Esse resto de carga é ensacado e revendido nos depósitos, assim como no caso das vazadas.

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