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A Polícia Militar (PM) localizou no último sábado (14) o homem acusado de ter assassinado o morador de rua Gilmar Lopes, de 32 anos, na Rua Cândido Xavier, no bairro Vila Isabel, em Curitiba, na noite da última sexta-feira (13).

Ricardo Quintino, o principal suspeito do crime, foi apresentado à Delegacia de Homicídios (DH) ainda no sábado. De acordo com o delegado da DH Rubens Recalcatti, Quintino, mais conhecido como "Bruxo", foi interrogado, indiciado e liberado em seguida. "Como não houve flagrante, continuaremos as investigações e vai ser pedida a prisão preventiva do suspeito", explicou Recalcatti.

Segundo o delegado, os investigadores já suspeitavam de "Bruxo", apesar de ele negar. "Na cena do crime, vimos que quem cometeu o homicídio pisou no sangue da vítima e deixou marcas bem visíveis no chão, que devem ter ficado no tênis também. Apreendemos um par de tênis que ele usava e vamos fazer um exame de criminalística para verificar se há indícios de ser o mesmo calçado das pegadas."

O delegado descarta a possibilidade de o crime ter contato com outros participantes. "Temos certeza que o responsável pelo homicídio agiu sozinho", afirmou.

O crime

O corpo do morador de rua Gilmar Lopes foi localizado no terreno de uma casa abandonada, que mendigos usam como abrigo, na esquina da Rua Cândido Xavier com a Rua Professor Guido Straube, no bairro Vila Izabel. O local é cercado por um muro, mas tem um matagal com árvores.

O corpo tinha sinais de agressão na cabeça causados por um objeto contundente, segundo a Delegacia de Homicídios. De acordo com a PM, possivelmente, a causa da morte foi traumatismo craniano.

Outros casos

O caso foi o terceiro registrado de violência contra mendigos na capital paranaense entre quinta-feira (12) e sexta-feira (13). Na madrugada de quinta, Félix Pereira Souza Junior, 21 anos, foi esfaqueado na Praça Santos Andrade. Ainda não foram localizados suspeitos do crime.

Na manhã de sexta, José Valdir da Silva, de 46 anos, foi queimado no bairro Alto da XV. Ainda na sexta-feira (13), Geraldo Rocha Filho, 43 anos, que também morava na rua, foi reconhecido por Silva e autuado por tentativa de homicídio.

Conhecido como "Jacaré", o suspeito contou que era alcoólatra e bebia álcool combustível, mesmo material usado para atear fogo em Silva. Ele garantiu que não era o responsável pelo crime. "Quando eu acordei, ele já estava pegando fogo. Nós dois sempre fomos amigos".

Em entrevista realizada na sexta, o delegado Rubens Recalcatti descartou que houvesse ligação entre as ocorrências. "São casos isolados, que coincidentemente aconteceram nesses dois dias", afirmou.

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